“Tap-and-go” da Apple poderá ser aprovada pela UE no próximo mês

Há dois anos, a Comissão Europeia acusou a Apple de impedir a concorrência na sua carteira móvel Apple Pay, impedindo os criadores de aplicações para carteiras móveis rivais de acederem à sua tecnologia "tap-and-go".
22 de Abril, 2024

A oferta da Apple para abrir o seu sistema de pagamentos móveis, “tap-and-go”, aos rivais, deverá ser aprovada pelos reguladores antitrust da UE já no próximo mês, depois de ter ajustado alguns dos termos, segundo fontes próximas do processo relataram a Reuters.

A proposta da Apple para resolver esta investigação ajudaria a empresa a evitar uma acusação de infração e a evitar uma multa pesada que poderia atingir 10% do seu volume de negócios anual global.

A tecnologia da Apple permite pagamentos sem contacto com carteiras móveis.

Há dois anos, a Comissão Europeia acusou a Apple de impedir a concorrência na sua carteira móvel Apple Pay, impedindo os criadores de aplicações para carteiras móveis rivais de acederem à sua tecnologia “tap-and-go”.

Em janeiro, o gigante tecnológico norte-americano ofereceu-se para permitir que os rivais acedam gratuitamente à sua tecnologia NFC nos seus iPhones, iPads e outros dispositivos móveis da Apple sem terem de utilizar o Apple Pay ou a Apple Wallet, com acesso baseado em critérios justos e não discriminatórios.

Propôs-se igualmente fornecer funcionalidades adicionais, incluindo a predefinição das aplicações de pagamento preferidas, o acesso a elementos de autenticação como o FaceID e um mecanismo de supressão, bem como a criação de um mecanismo de resolução de litígios.

A Apple foi convidada a ajustar algumas das condições na sequência das reações dos rivais e dos clientes. A proposta relativa ao NFC seria válida por 10 anos.

A Comissão Europeia tenciona aceitar a proposta até ao verão, sendo maio o mês mais provável, embora o calendário possa ainda mudar, uma vez que a Comissão Europeia aguarda que a Apple acerte os últimos pormenores técnicos, afirmaram fontes próximas do processo a Reuters.

A empresa foi alvo de uma coima de 1,84 mil milhões de euros a sua primeira sanção antitrust na UE, o mês passado, por ter colocado restrições ao Spotify e outros rivais de streaming de na na App Store.

Com informações Reuters

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