Kaspersky alcançou um crescimento anual de 36% em Portugal e Espanha

“Os cibercriminosos estão a tornar-se cada vez mais criativos, com um maior número de ataques, que por sua vez estão a tornar-se cada vez mais complexos”
20 de Maio, 2024

Num cenário digital, em que as ciberameaças estão a evoluir e a aumentar de complexidade, as empresas estão cada vez mais conscientes da importância de proteger as suas informações e infraestruturas com um parceiro de cibersegurança de confiança. É o que a Kaspersky quer comprovar com os dados que partilhou na sua conferência anual de parceiros da região ibérica.

A empresa conta com 4.965 clientes B2B e 1.130 parceiros em Portugal e Espanha, além de ter aumentado as vendas em 11% em 2023. Acresce ainda o facto de no primeiro trimestre de 2024 as vendas terem aumentado em 13% quando comparados com o mesmo período de 2023.

Na conferência da empresa para a região ibérica, Eugene Kaspersky, fez questão de enviar um vídeo gravado especialmente para a ocasião, no qual destacou o papel fundamental que a ciberimunidade já desempenha e continuará a desempenhar nos próximos anos para manter o ambiente digital seguro.

Os cibercriminosos estão a tornar-se cada vez mais criativos, com um maior número de ataques, que por sua vez estão a tornar-se cada vez mais complexos”, explicou Óscar Suela, que mencionou o vasto portefólio de soluções da Kaspersky e os mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de tecnologias de ponta para manter os utilizadores finais e as empresas protegidos.

A Kaspersky alcançou um crescimento anual de 36% em Portugal e Espanha através dos seus parceiros em 2023. Isto foi explicado por José Antonio Morcillo, responsável pelo Canal na Península Ibérica, que referiu que uma das prioridades do canal para 2024 é aumentar a rentabilidade e as margens. Também destacou a facilidade de fazer negócios, com um portal de parceiros conveniente, uma lista de preços clara e operações simples. Por último, sublinhou a importância de oferecer o melhor apoio, incluindo o apoio aos parceiros nas suas relações com os clientes. 

Adicionalmente, abordou a diretiva europeia – NIS2 – que visa garantir a resiliência, assegurar a preparação para as ameaças à cibersegurança e promover a cooperação entre os Estados-Membros para enfrentar os desafios da segurança digital na era atual. Esta diretiva aplica-se tanto às pequenas empresas como às grandes organizações e estabelece a obrigação de comunicar qualquer incidente que tenha um impacto significativo no serviço. Por conseguinte, é essencial dispor de soluções de cibersegurança para detetar e comunicar estes ciberincidentes, uma vez que o incumprimento pode resultar em sanções de 7 a 10 milhões de euros, consoante a empresa.

O suporte é outro pilar fundamental do canal. A este respeito, César Gil, Responsável pelo Suporte para de Portugal, Espanha e Itália, destacou que 95% dos casos são resolvidos pela equipa de suporte da Kaspersky em menos de uma semana. Só em 2023, trataram mais de 4.000 consultas, que, desde a pandemia, os clientes preferem resolver remotamente (98% dos casos), embora a empresa também ofereça um serviço presencial.

E-mails, USB e redes sociais, entre as principais ameaças às empresas

No que diz respeito às principais ciberameaças dirigidas às empresas, Marc Rivero, investigador principal de segurança da Kaspersky, alertou para o facto de grupos como o Lazarus utilizarem as redes sociais para enviar às organizações portefólios ou propostas de produtos que permitirem descarregar malware. Revelou, ainda, que cada vez mais cibercriminosos deixam pen drives “esquecidas” em diferentes locais públicos para que as vítimas as encontrem e as liguem a um dispositivo para descobrirem o seu conteúdo. Quando o fazem, o dispositivo é infetado. Os kits de exploração que obtêm informações sobre o país do utilizador, o tipo de software e o dispositivo para infetar também estão entre as principais ameaças. Apesar de todas estas técnicas, o e-mail continua a ser um dos principais acessos utilizados pelos cibercriminosos.

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