Acelerar a produtividade com AI – Copilot

Incorporado na oferta Office 365, o Copilot é passível de ser aplicado de forma transversal nas organizações, em qualquer departamento, desde as áreas de recursos humanos, de logística, área comercial, de atendimento ao cliente, compliance entre outras.
25 de Janeiro, 2024

Desde o seu lançamento a novembro de 2022, que o ChatGPT veio expor o potencial e os benefícios da inteligência artificial nas organizações.  O seu impacto ao nível global, fez que o AI tivesse sido, provavelmente, o tópico mais discutido de 2023, o que contribuiu para a criação de uma nova perspetiva sobre a produtividade, automação, futuro do trabalho entre tantos outros temas. 

Com a procura por soluções baseadas em inteligência artificial a crescer exponencialmente, start-ups e os grandes líderes de indústria, as big-tech, começaram a introduzir no mercado diferentes plataformas para suportar a inovação e a transformação das organizações. No epicentro desta transformação, surge a Microsoft, que ao reconhecer o enorme potencial do ChatGPT, tornou-se o seu grande investidor. Rapidamente, a Microsoft desenhou uma estratégia para incorporar esta inovação na sua oferta Cloud, e neste sentido surge o Azure AI e mais recentemente, o Microsoft 365 Copilot. 

Incorporado na oferta Office 365, o Copilot é passível de ser aplicado de forma transversal nas organizações, em qualquer departamento, desde as áreas de recursos humanos, de logística, área comercial, de atendimento ao cliente, compliance entre outras. A ferramenta de produtividade, lançada agora ao público depois de ter sido aplicada em fase piloto num conjunto de grandes empresas há oito meses, demonstra um potencial de melhoria de produtividade em cerca de 20%. Devido à integração com as diferentes ferramentas da Microsoft, familiar à maioria dos colaboradores, a solução fornece assistência inteligente, em tempo real, semelhante ao ChatGPT, alimentada com a informação da própria organização.

Porém, para atingir os objetivos definidos, a adoção do Copilot de forma transversal numa organização deverá ser realizada de uma forma estruturada, com uma abordagem que combine conhecimentos tecnológicos com a realidade operacional e necessidades da organização. 

Neste sentido, é necessário efetuar a avaliação abrangente dos processos, fluxos de trabalho e aplicações existentes na organização, e avaliar a atual segurança de informação. O objetivo deste primeiro passo é identificar quais as atividades que podem ser efetuadas ou automatizadas com recurso à inteligência artificial, nomeadamente, ao Copilot de modo a alcançar o resultado desejado. 

A fase de avaliação, planeamento e execução deste processo requer um plano de gestão de mudança que permita a cada colaborador utilizar o Copilot para ser mais produtivo. Este plano deve motivar a mudança através de casos reais e acompanhar as pessoas neste processo para que as organizações consigam maximizar o potencial da AI no seu dia-a-dia. A capacidade de navegar pelas funcionalidades e complexidades do Copilot requer uma compreensão dos fluxos de trabalho da organização e ainda das suas necessidades específicas da indústria, especialmente, tendo em conta a natureza dinâmica desta inovação tecnológica. Seguindo esse caminho, acreditamos é possível as organizações incorporarem corretamente a inteligência artificial nas suas equipas alterando e modernizando a sua forma de trabalhar.

Deste modo, acreditamos que uma equipa capacitada, motivada e com o conhecimento necessário permitirá, que em apenas alguns meses, se alcance uma transformação da forma de trabalhar com recurso ao AI. Assim, cada colaborador será capaz de aumentar a sua produtividade ao “delegar” algumas tarefas ao Copilot. Esta mudança irá permitir automatizar um conjunto de tarefas e criar um maior foco na necessidade de estruturar o que realmente é necessário fazer (prompt engineering) e no processo de revisão, através de um olho conhecedor da temática em causa e crítico sobre o output gerado. 

Por estas razões, dizemos que a curto-prazo não será a Inteligência Artificial o responsável pela perda de emprego, mas sim os profissionais capazes de a utilizar corretamente e serem mais produtivos. Este facto coloca a pressão do lado das organizações para se tornarem mais competitivas e com responsabilidade ao nível da capacitação e mudança da forma de trabalhar, com recurso ao AI. 

É neste sentido, com o objetivo de acelerar a adoção da inteligência artificial, nomeadamente do Copilot ou de outras tecnologias de implementação de processos automatizados, como Azure AI, que a Unipartner tem vindo a trabalhar com algumas organizações. Acreditamos que cada colaborador pode fazer atividades de maior valor, em maior quantidade e com menos tempo.

Pedro Araújo é Modern Workplace & Security Services Area Leader na Unipartner

Opinião