João Miguel MesquitaNo cenário vibrante e dinâmico da inteligência artificial (IA), a Starkdata emerge como um farol de inovação e progresso em Portugal. Paulo Figueiredo, CEO da Starkdata, partilhou no Coffee Break, insights valiosos numa conversa informal, onde abordou o impacto da IA nas empresas, na sociedade e nas pessoas, destacando a necessidade de uma abordagem equilibrada entre inovação e regulação.
Conversámos, sobre o Lisbon AI Talks, evento organizado pela Starkdata, que embora tenho sido o primeiro ficou como referencia.
Paulo Figueiredo sublinhou que o maior valor do evento foi o interesse genuíno dos participantes em compreender o impacto da IA para além do “hype”. Este entusiasmo reflete uma maturidade crescente na perceção das potencialidades da IA, não apenas como uma tendência tecnológica, mas como uma ferramenta fundamental para a transformação digital.
Questionado sobre o estado atual das empresas portuguesas em relação à adoção da IA, Paulo Figueiredo preferiu contextualizar a questão a nível europeu. Destacando que, embora a adoção da IA esteja a progredir, ainda não atingiu um “ritmo de cruzeiro”. Este fenómeno não é exclusivo de Portugal, sendo uma realidade também noutras geografias.
Um dos principais desafios mencionados é a qualidade dos dados, essencial para o sucesso das tecnologias de IA. As empresas começam agora a perceber que dados de alta qualidade são uma vantagem competitiva crucial, o que está a fomentar um trabalho de base significativo para melhorar a recolha e a utilização de dados.
Regulação vs. Inovação: O Desafio Europeu
Paulo Figueiredo abordou a diferença fundamental entre a abordagem europeia e a norte-americana em relação à IA. Enquanto a Europa coloca um grande ênfase na regulação – necessária para proteger a privacidade dos dados e evitar vieses – os Estados Unidos promovem um ambiente mais favorável à inovação, sem descurar a regulação.
O CEO da Starkdata alertou para o facto de a Europa precisar de encontrar um equilíbrio entre regulação e inovação, assumindo riscos de forma controlada para não comprometer a sua competitividade económica. A falta de grandes empresas de IA na Europa, em comparação com os Estados Unidos, ilustra a necessidade de uma abordagem mais ousada e menos avessa ao risco.
Os Projetos da Starkdata
A Starkdata está envolvida em projetos inovadores nas áreas de saúde, banca e serviços financeiros, e retalho. A empresa tem desenvolvido soluções a nível nacional e está a dar os primeiros passos no mercado internacional. Paulo Figueiredo destaca nesta nossa conversa que a equipa da Starkdata é o seu maior trunfo, trabalhando em conjunto para trazer tecnologia que gere valor real para os seus clientes.
O Futuro
O futuro da Starkdata, segundo Paulo Figueiredo, está intimamente ligado ao desenvolvimento económico do país. O executivo enfatizou que a empresa está focada em demonstrar o valor da IA através de uma plataforma cloud agnóstica à indústria, capaz de criar soluções personalizadas para diversos setores.
A Starkdata está bem posicionada para continuar a crescer e a inovar, contribuindo significativamente para a transformação digital em Portugal e além-fronteiras.
Nesta nossa conversa, Paulo Figueiredo revelou uma visão clara e equilibrada sobre o futuro da IA. A Starkdata, com a sua abordagem e com o foco na qualidade dos dados, está preparada para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que a inteligência artificial oferece. O caminho para a transformação digital está a ser traçado com determinação e cautela, garantindo que a inovação ande de mãos dadas com a proteção dos interesses empresariais e sociais.
