Nvidia: Em 31 anos tornou-se a mais importante empresa do mundo tecnológico

No dia 18 de junho, a Nvidia superou a Microsoft como a empresa mais valiosa de Wall Street, atingindo a marca histórica de três biliões de dólares.
1 de Julho, 2024
Jensen Huang. Nvidia CEO | Foto: COMPUTEX 2023

Em 1993, num canto modesto de um Denny’s em San José, nos Estados Unidos, nascia a Nvidia, fundada por Jensen Huang, Chris Malachowsky e Curtis Prien. Longe de ser um café na moda em Palo Alto, a escolha do local refletia as humildes origens da empresa que, 31 anos depois, alcançou o topo da indústria tecnológica tornando-se uma das ‘sete magníficas’ ações da bolsa de Nova Iorque.

No dia 18 de junho, a Nvidia superou a Microsoft como a empresa mais valiosa de Wall Street, atingindo a marca histórica de três biliões de dólares. Apesar da ligeira correção nos dias subsequentes, esta conquista sublinha a importância crescente da Nvidia no mercado global.

Os chips da Nvidia são o motor por detrás de muitas das atuais aplicações de inteligência artificial (IA), o que tem impulsionado o desempenho da empresa na bolsa. A aposta inicial em gráficos 3D, como relata Chris Miller no seu livro “A Guerra dos Chips”, revelou-se uma jogada visionária que permitiu à Nvidia dominar o mercado de processadores gráficos.

Jensen Huang, o CEO de origem taiwanesa que se mudou ainda criança para o Kentucky, trabalhou na LSI, uma fabricante de chips de Silicon Valley, antes de cofundar a Nvidia. A empresa começou por servir companhias de vídeo e videojogos, setores que, à época, não pareciam representar a sofisticação que a Nvidia viria a alcançar. A sua visão de que o futuro dos gráficos estaria na produção em 3D de imagens complexas materializou-se no desenvolvimento dos GPUs (Unidades de Processamento Gráfico), conhecidos pela sua velocidade e capacidade de processamento superior.

Esta performance é particularmente relevante numa era onde a IA está no cerne do desenvolvimento tecnológico. A insaciável procura pelos chips da Nvidia para alimentar aplicações de IA resultou numa “super valorização” das suas ações, levantando alguns receios sobre uma possível bolha de mercado. No entanto, o entusiasmo dos investidores permanece firme, consolidando a Nvidia no seleto grupo das ‘sete magníficas’ ações: Alphabet, Amazon, Apple, Meta Platforms, Microsoft, Nvidia e Tesla.

Com sede em Santa Clara, Estados Unidos, a Nvidia iniciou a sua trajetória com a colaboração da Sega e, posteriormente, formou parcerias significativas com a Microsoft, desenhando as placas gráficas para a Xbox no início do século XXI. Em 2001, a entrada no S&P 500 marcou a Nvidia como a empresa de semicondutores que mais rapidamente atingiu os 1.000 milhões de dólares em receitas. Em 2005, anunciou o desenvolvimento de processadores para a PlayStation 3 da Sony e continuou a adaptar os seus GPUs às necessidades de gigantes como a Apple e fabricantes de tablets Android na década seguinte.

O crescimento da Nvidia acelerou ainda mais com a IA generativa. Um exemplo notável é o ChatGPT da OpenAI, que utiliza os chips da Nvidia desde 2022. Este avanço tecnológico demonstra o potencial da Nvidia para continuar a crescer e inovar, inaugurando uma nova era que promete reformular a economia global.

A história da Nvidia é um testemunho de como a visão, a inovação e a capacidade de adaptação podem transformar uma modesta startup numa potência tecnológica mundial. À medida que a IA continua a evoluir, a Nvidia está posicionada para permanecer na vanguarda deste excitante campo, prometendo um futuro de contínuo crescimento e inovação.

Com informações Lusa

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