As dinâmicas que a IA traz ao setor do turismo podem ser vitais para o interior de Portugal [com vídeo]

Na BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa), o BPI e a Microsoft levaram a debate o impacto da inteligência artificial (IA) na indústria do turismo.
7 de Março, 2024

O foco principal da discussão foi um caso de uso específico de IA no turismo, apresentado por Filipe Machado, coordenador do Centro de Inovação Tecnológica de Terras Trás-os-Montes. O projeto destacado foi o desenvolvimento de um assistente virtual para promover os Pauliteiros de Miranda, uma expressão cultural única candidata a patrimônio imaterial da humanidade.

A iniciativa, fruto da colaboração entre o CIT, a Microsoft e outras entidades, visava impulsionar o turismo nas regiões do interior de Portugal. Utilizando IA, criou-se um assistente virtual capaz de fornecer informações detalhadas sobre os Pauliteiros de Miranda, adaptando-se a diferentes idiomas e oferecendo uma experiência inclusiva e interativa para os turistas.

O projeto exemplifica o potencial transformador da IA no turismo, proporcionando uma nova forma de promover e preservar o património cultural português. Além disso, demonstra a rapidez e eficiência com que soluções baseadas em IA podem ser implementadas, impulsionando a inovação e o desenvolvimento nas regiões do interior.

Durante a discussão, Manuel Dias, da Microsoft, enfatizou a importância de democratizar o acesso à tecnologia, tornando-a acessível tanto para acadêmicos quanto para empresas. Ressaltou a inovação como outro pilar fundamental, destacando a necessidade de criar soluções que impulsionem a transformação digital em diferentes setores, incluindo o turismo.

A visão apresentada sugere que a IA está apenas no início de sua caminhada de impacto no turismo e em outros campos. À medida que a tecnologia evolui e se torna mais acessível, espera-se que seu papel na indústria do turismo cresça significativamente, impulsionando a inovação, melhorando a experiência do turista e promovendo o desenvolvimento económico em todo o país.

O debate sobre inteligência artificial no turismo revela um futuro promissor e transformador para Portugal, onde a tecnologia não apenas impulsiona a inovação, mas também preserva e promove a rica herança cultural do país, tornando-a acessível a todos.

A economia moderna está a passar por uma transformação sem precedentes impulsionadas pela inteligência artificial (IA). Esta conferência teve também como protagonistas, Ricardo Chaves, responsável pelo centro de excelência de AI do BPI e Sérgio Guerreiro, Diretor no Turismo de Portugal, que ofereceram ao debate uma visão perspicaz sobre como a IA está remodelando diferentes setores, incluindo o turismo, e como as empresas estão a responder a esse desafio.

Ao considerarmos o impacto da IA na economia, é importante reconhecer que estamos diante de uma revolução que vai muito além de simplesmente substituir empregos. Como afirmou Ricardo Chaves, na conferência, a IA não é o “Exterminador Implacável” que muitos temem, mas sim uma “prótese cognitiva” que pode amplificar as habilidades humanas.

No setor do turismo, por exemplo, vemos a IA a ser adotada para personalizar experiências e melhorar os serviços oferecidos aos clientes. Desde a deteção de propensões de compra até a automação de processos, a IA permite que as empresas forneçam um atendimento mais eficiente e personalizado.

No entanto, é fundamental reconhecer os desafios que acompanham esta transformação. Um dos principais é o impacto no mercado de trabalho. Embora a automação possa eliminar certas tarefas repetitivas, também abre novas oportunidades e exige habilidades diferentes dos trabalhadores. Nesse sentido, a requalificação e o desenvolvimento de novas competências tornam-se imperativos para garantir a empregabilidade no futuro.

Além disso, a democratização do acesso à IA é essencial para garantir que todos possam se beneficiar dessa tecnologia, independentemente do tamanho ou recursos das empresas. A colaboração entre setores público e privado, bem como o investimento em educação e capacitação, são cruciais para garantir que ninguém seja deixado para trás nesta nova era digital.

A Ética na Era da Tecnologia: Desafios e Oportunidades

A ética também deve ser uma consideração central ao desenvolver e implementar sistemas de IA. Questões como privacidade, transparência e viés algorítmico exigem uma abordagem cuidadosa para garantir que a IA seja usada de maneira responsável.

Na era da tecnologia em rápida evolução, é fundamental refletir sobre a importância da ética em todas as facetas da nossa sociedade. Uma recente conferência sobre o assunto destacou a necessidade premente de considerar a ética, especialmente à luz das inovações tecnológicas que moldam cada vez mais o nosso mundo.

Todos os conferencistas enfatizaram a importância de garantir que a ética esteja no centro das decisões e ações, especialmente naqueles que estão na vanguarda da inovação. Para os presentes no debate é crucial reconhecer que certas situações não devem ser exploradas, especialmente quando se trata do potencial impacto negativo nos direitos humanos. A fronteira entre a burocracia e o pragmatismo deve ser cuidadosamente navegada, levando em consideração não apenas preocupações éticas, mas também implicações práticas.

Um dos pontos-chave discutidos foi a necessidade de capacitação e educação em tecnologia. A formação adequada é essencial para elevar a literacia digital e garantir uma compreensão profunda do potencial e dos riscos das tecnologias emergentes. Os conferencistas ressaltaram a importância de envolver não apenas empresas, mas também universidades, centros de pesquisa e o ecossistema empresarial como um todo na promoção da educação em tecnologia.

A questão da ética também foi abordada no contexto da competição global e da rápida evolução do mercado de trabalho. Para os conferencistas é essencial não apenas adotar novas tecnologias, mas também garantir que as pessoas tenham as competências necessárias para utilizá-las de forma ética e produtiva. Isto inclui não apenas habilidades técnicas, mas também pensamento crítico, ética e capacidade de adaptação.

Um especto fundamental destacado na conferência foi o papel das organizações e governos na promoção da ética e na mitigação de riscos. A colaboração entre diferentes partes interessadas, incluindo o setor privado, o setor acadêmico e a sociedade civil, é essencial para garantir que a tecnologia seja desenvolvida e utilizada de forma responsável.

Em suma, importa integrar considerações éticas em todas as etapas do desenvolvimento e utilização da tecnologia. A ética não deve ser vista como um obstáculo, mas sim como um princípio orientador que pode ajudar a moldar um futuro mais justo, inclusivo e sustentável para todos.

A inteligência artificial está a redefinir a economia global, trazendo consigo uma série de benefícios e desafios. Ao abraçarmos esta transformação de forma proactiva e inclusiva, podemos aproveitar ao máximo o potencial da IA para impulsionar o crescimento económico e melhorar a qualidade de vida de todos.