A OpenAI lançou oficialmente o SearchGPT, um motor de busca online potenciado por inteligência artificial (IA), concebido para desafiar gigantes como Google e Microsoft Bing, além de startups como Perplexity. Com uma interface integrada no ChatGPT, o SearchGPT promete revolucionar a pesquisa online ao oferecer respostas em tempo real a perguntas complexas de forma conversacional e contextual, representando um passo ousado para se afirmar num mercado dominado há décadas pelo Google.
O SearchGPT, atualmente acessível a utilizadores de ChatGPT Plus e Team, foi projetado para permitir uma interação mais natural e fluida. Para além de fornecer resultados em tempo real – como cotações bolsistas e atualizações desportivas –, destaca-se pela capacidade de contextualizar perguntas subsequentes, construindo uma experiência de pesquisa mais rica e personalizada.
A OpenAI introduziu também uma funcionalidade diferenciadora: respostas com atribuição clara às fontes de informação, acompanhadas de links para os utilizadores explorarem os resultados originais. Esta abordagem busca combater uma crítica recorrente contra sistemas de IA: a falta de transparência nas fontes de dados utilizadas.
Apesar das promessas, o lançamento do SearchGPT reacende o debate sobre plágio e integridade na era da IA generativa. Motores de busca alimentados por IA, como o da OpenAI, enfrentam críticas por replicar conteúdos existentes de forma não intencional ou intencional.
Alon Yamin, CEO da plataforma de deteção de plágio Copyleaks, alerta que os modelos de linguagem como os utilizados no SearchGPT podem gerar respostas que mimetizam conteúdos existentes, criando uma zona cinzenta difícil de gerir tanto para criadores de conteúdos como para os próprios motores de busca.
A preocupação não é nova, mas ganha complexidade num cenário onde ferramentas como o SearchGPT recorrem a conteúdos extraídos da web em tempo real. A OpenAI responde parcialmente ao problema com a citação das fontes, mas as questões éticas e legais sobre propriedade intelectual permanecem em aberto.
Embora o SearchGPT represente um avanço no modo como interagimos com a pesquisa online, a tarefa de competir com o Google – que detém 90% do mercado – é monumental. Plataformas como Bing, da Microsoft, que já integram GPT-4, não conseguiram ainda abalar a hegemonia da Google.
A OpenAI aposta na evolução do SearchGPT como uma ferramenta revolucionária, mas enfrenta desafios técnicos, éticos e de adoção massiva. O equilíbrio entre oferecer respostas úteis e proteger os direitos dos criadores de conteúdo será crucial para o sucesso do motor de busca.
Com o mercado de pesquisa a entrar numa nova era de inteligência artificial generativa, a capacidade de adaptação dos gigantes tecnológicos será posta à prova. Para já, o SearchGPT é uma declaração audaz de intenções por parte da OpenAI – mas a verdadeira revolução na pesquisa online ainda está por confirmar.
Com informação Computerworld
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