O Primeiro – Ministro britânico, vai apresentar a IA como elemento central na sua estratégia para impulsionar a economia britânica. Segundo dados do governo, a adoção plena da tecnologia pode aumentar a produtividade em 1,5% ao ano, o que equivaleria a um ganho adicional de 47 mil milhões de libras (57 mil milhões de euros) anualmente ao longo de uma década.
Infraestrutura e formação
O governo britânico também anunciou que irá implementar as 50 recomendações incluídas no relatório “Plano de Ação para Oportunidades de IA”, elaborado pelo empresário, e especialista em capital de risco Matt Clifford. Entre as medidas está a aceleração dos processos de licenciamento para a construção de centros de dados e a facilitação do acesso a conexões energéticas para essas instalações.
O primeiro centro de dados desse plano será erguido em Culham, Oxfordshire, sede da Autoridade de Energia Atómica do Reino Unido. Segundo Starmer, essa iniciativa irá gerar novos postos de trabalho e atrair investimento, contribuindo para o crescimento económico sustentável.
A corrida pela liderança em IA tem sido feroz, com países como Estados Unidos e China a dominarem o setor em termos de investimento e patentes, de acordo com a Universidade de Stanford. Atualmente, o Reino Unido ocupa o terceiro lugar no mercado global de IA, mas enfrenta desafios significativos, incluindo a necessidade de equilibrar restrições regulatórias com a promoção da inovação.
No entanto, o plano também surge num momento de incerteza económica. A decisão do governo de implementar o maior orçamento com aumento de impostos desde 1993 abrandou a confiança empresarial, enquanto o Banco de Inglaterra estimou recentemente que a economia não cresceu no último trimestre.
IA como catalisador para dia adia
Keir Starmer levará a nação britânica o discurso de que a IA tem o potencial de transformar a vida quotidiana, desde a agilização de consultas urbanísticas até ao apoio a pequenas empresas e à redução do trabalho administrativo para professores, permitindo-lhes focar-se mais no ensino.
A visão do Primeiro-Ministro britânico sublinha a importância de uma abordagem proativa para assegurar que o Reino Unido não apenas acompanhe, mas lidere a revolução tecnológica. Num momento em que o mundo atravessa transformações profundas impulsionadas pela IA, a capacidade de inovar rapidamente e atrair talentos será crucial para o sucesso económico e social do país.
Mantendo estas iniciativas no caminho adequado, o Reino Unido pode posicionar-se como um ator-chave na construção do futuro digital global, equilibrando progresso tecnológico com responsabilidade social e económica.