A grande novidade deste lançamento está no facto de o iPhone utilizar o design de chips V9 da Arm, uma evolução que promete aumentar a eficiência dos dispositivos da Apple. A Arm, propriedade do grupo japonês SoftBank, é uma das empresas mais influentes no desenvolvimento de arquitetura de chips, cujo impacto se estende a uma vasta gama de dispositivos móveis. A colaboração entre a Apple e a Arm remonta aos anos 90, com a criação da primeira versão do processador baseado nesta arquitetura para o dispositivo “Newton”, que não obteve o sucesso esperado. Contudo, desde então, a Arm tornou-se líder na área, graças à sua tecnologia que consome menos energia, permitindo uma maior duração das baterias – uma das características mais valorizadas nos smartphones atuais.
A Apple tem-se posicionado na linha da frente do desenvolvimento de IA, e o uso do chip A18 com base na tecnologia V9 da Arm reflete o compromisso da empresa em manter-se competitiva neste campo. Espera-se que este avanço melhore substancialmente a capacidade de processamento de IA nos dispositivos, promovendo uma maior autonomia e um desempenho superior em funcionalidades como o reconhecimento de voz, processamento de imagens e interações mais rápidas com assistentes virtuais.
Este desenvolvimento surge após o acordo de longo prazo assinado entre a Apple e a Arm em setembro de 2022, que garante à gigante de Cupertino o acesso à tecnologia da Arm até, pelo menos, 2040. Para a Arm, este acordo representa um importante reforço da sua posição no mercado global de semicondutores, numa altura em que a empresa está em preparação para uma das maiores ofertas públicas iniciais (IPO) dos últimos tempos.
Atualmente, a Arm detém os direitos de propriedade intelectual sobre a arquitetura computacional de grande parte dos smartphones no mundo, incluindo os iPhones, iPads e Macs da Apple. A arquitetura V9, em particular, é responsável por cerca de 50% das receitas de smartphones que utilizam os chips da Arm, conforme anunciado pela própria empresa em julho. Esta tecnologia, altamente eficiente, tem sido fundamental para garantir que os dispositivos móveis consigam lidar com a crescente procura por poder de processamento, sem sacrificar a autonomia da bateria.
A par com a introdução de novos iPhones, espera-se que o evento da Apple também traga atualizações significativas a outros produtos e aplicações, numa altura em que a empresa enfrenta crescente concorrência no mercado global de smartphones e dispositivos inteligentes.
O futuro dos chips da Apple
Com esta nova geração de chips, a Apple poderá estar a preparar o terreno para uma maior integração de IA e, possivelmente, outras inovações no campo da computação, desde a realidade aumentada até à automação de tarefas mais complexas. A colaboração contínua com a Arm permite à empresa norte-americana explorar os mais recentes avanços na arquitetura de chips, reforçando a sua posição como líder de mercado em inovação tecnológica. Para os consumidores, o próximo lançamento da Apple pode marcar o início de uma nova era de dispositivos com capacidade para lidar com um número crescente de tarefas baseadas em IA, ao mesmo tempo que mantém a já famosa eficiência energética que os seus produtos oferecem. Dando sinais de que a empresa fundada por Steve Jobs continua a ser