No epicentro de um mundo cada vez mais conectado e competitivo, Portugal posiciona-se como catalisador de uma revolução digital que transcende fronteiras. Sob a liderança de Alexandre Nilo Fonseca, presidente do MUDA, o projeto Nações Inteligentes propõe um ambicioso plano para que os países de língua portuguesa não apenas acompanhem, mas liderem a transformação digital global.
Para Alexandre Nilo Fonseca: “ Este é um projeto que nasce da vontade de Portugal ter um papel central na transformação digital, promovendo soluções que impactem diretamente os cidadãos e as empresas, enquanto se aprende com os exemplos de outros países da lusofonia.”
O conceito vai além da digitalização de serviços. A ideia é criar um ecossistema de cooperação que envolva governos, empresas privadas e universidades, de modo a garantir que tecnologias como a inteligência artificial e a computação quântica se traduzam em benefícios concretos — desde a eficiência da justiça até à modernização do setor da saúde.
A língua portuguesa como alavanca estratégica
“É sobre sermos verdadeiramente Nações Inteligentes, juntos.”
Um dos pilares deste projeto é a valorização da língua portuguesa como ativo estratégico. Com mais de 300 milhões de falantes hoje e uma projeção de 500 milhões até 2050, o português apresenta-se como um trunfo na atração de investimentos e no desenvolvimento de tecnologias específicas para este universo linguístico.
“Se quisermos aproximar-nos das grandes tecnológicas globais e desenvolver modelos de linguagem em português, temos muito mais força em conjunto do que cada país a trabalhar isoladamente,” sublinha Alexandre Nilo Fonseca. A criação de soluções digitais em português não só reforça o impacto económico como assegura a inclusão cultural e linguística numa era dominada pelo inglês.
A diversidade Lusófona
A diversidade é a força motriz do projeto Nações Inteligentes. Alexandre Nilo Fonseca salienta a importância de aprender com a pluralidade de realidades presentes em países como Brasil, Angola ou Cabo Verde. O Brasil, por exemplo, com as suas dimensões continentais, revela-se uma incubadora de soluções inovadoras adaptáveis a múltiplos contextos.
“Não é um Brasil, são vários Brasis,” observa Alexandre Nilo Fonseca. Esta troca de experiências pode ser replicada noutras geografias da lusofonia, promovendo o desenvolvimento de soluções que combinem a robustez tecnológica com a sensibilidade local.
Inovação e inclusão como prioridades
A missão do Nações Inteligentes não se resume à tecnologia pela tecnologia. O foco central está nas pessoas. O presidente do MUDA recorda que há sete anos, promoveu uma cooperação inédita entre entidades públicas e empresas privadas — muitas vezes concorrentes — para criar um Portugal mais digital e inclusivo. Esta abordagem é agora ampliada para uma escala internacional.
Além disso, o projeto sublinha a inclusão digital como imperativo. “Não podemos deixar ninguém para trás,” afirma Alexandre Nilo Fonseca, apontando a capacitação digital como ferramenta essencial para aumentar a produtividade e reduzir desigualdades, tanto em Portugal como nos outros países envolvidos.
Com iniciativas como o Nações Inteligentes, Portugal afirma-se como um hub de inovação e liderança no espaço lusófono. A aposta em projetos conjuntos na vanguarda tecnológica, desde centros de investigação em inteligência artificial até colaborações no domínio da computação quântica, reforça a competitividade dos países lusófonos num mercado global cada vez mais exigente.
É sobre construir pontes, potenciar recursos partilhados e, acima de tudo, reafirmar que a colaboração entre nações não é apenas desejável, mas essencial para enfrentar os desafios do futuro. “É sobre sermos verdadeiramente Nações Inteligentes, juntos.” Afirma, Alexandre Nilo Fonseca.
Esta visão ambiciosa coloca Portugal no mapa global da inovação, mas, acima de tudo, demonstra como a cooperação em torno de uma identidade cultural e linguística pode moldar o futuro de uma comunidade global.
Brasil lidera “Transformação Digital Sustentável” no espaço lusófono
“Pela língua, somos todos da mesma pátria”
No lançamento do projeto Nações Inteligentes, o Brasil destacou-se como protagonista na convergência entre transformação digital, sustentabilidade e cooperação internacional. Luís Fernandes, Vice-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, detalhou o papel central que o país desempenha, ao mesmo tempo em que reafirmou o compromisso com a inclusão, a inovação e a ética no uso das novas tecnologias.
O Brasil avança com uma combinação singular de fatores: uma população jovem, criativa e aberta à inovação tecnológica e uma matriz energética predominantemente renovável. Estas características sustentam o plano nacional intitulado “Inteligência Artificial para o Bem de Todos”, que procura aliar o desenvolvimento tecnológico à preservação ambiental e à melhoria do bem-estar da população.
Luís Fernandes sublinha que “toda a nova tecnologia envolve oportunidades e riscos. Para garantir que ela promova o bem-estar e não amplifique desigualdades, é essencial estruturá-la com políticas públicas centradas nas pessoas.”
Os cinco eixos do plano brasileiro de Inteligência Artificial
O plano brasileiro baseia-se em cinco pilares fundamentais:
- Infraestrutura e Pesquisa de Ponta
O Brasil planeia estabelecer uma base tecnológica robusta, incluindo um supercomputador que estará entre os cinco maiores do mundo, além de fomentar data centers sustentáveis, os chamados “data centers verdes“. Uma das prioridades é o desenvolvimento de modelos de linguagem em português, aproveitando o alcance de mais de 300 milhões de lusófonos. Luís Fernandes destaca que “a cooperação entre Brasil e Portugal pode criar soluções únicas, preservando a diversidade e as especificidades do mundo lusófono.” - Capacitação e Inclusão Digital
A formação é outro pilar essencial, abrangendo desde o pré-escolar até a requalificação de trabalhadores. O Brasil pretende criar materiais educativos e kits laboratoriais conjuntos com os países lusófonos, promovendo o desenvolvimento de competências em todos os níveis. - Melhoria dos Serviços Públicos
Aplicações de inteligência artificial para saúde, educação e políticas sociais são uma prioridade. O Sistema Único de Saúde (SUS), que cobre quase toda a população brasileira, e programas como o Bolsa Família são exemplos de como bases de dados podem ser usadas para criar soluções eficientes, respeitando a privacidade. - Inovação Empresarial
Apenas 15% das empresas brasileiras incorporaram tecnologias de transformação digital. O plano visa reverter esse cenário, promovendo parcerias público-privadas para aumentar a competitividade empresarial e explorar o vasto potencial do mercado interno. - Governança e Regulação Ética
Luís Fernandes reconhece que o mundo ainda explora caminhos para equilibrar inovação e regulação: “É necessário evitar tanto a regulação excessiva, que sufoca a inovação, quanto a ausência de regulação, que deixa as pessoas vulneráveis.” A cooperação internacional surge como essencial para criar sistemas éticos e globais de governança tecnológica.
“Pela língua, somos todos da mesma pátria”Para o Vice-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação brasileiro, a língua portuguesa é mais do que um traço cultural: é um ativo estratégico na era digital. “Pela língua, somos todos da mesma pátria,” cita, evocando Fernando Pessoa. Na visão do Brasil, o português será uma base crucial para desenvolver tecnologias adaptadas à realidade e aos valores lusófonos, fortalecendo a autonomia tecnológica e ampliando as oportunidades económicas para os países de língua portuguesa.
O projeto Nações Inteligentes, impulsionado pelo Brasil, reflete uma abordagem holística que combina tecnologia, sustentabilidade e valores humanos. No palco global, o Brasil emerge como uma potência capaz de liderar com responsabilidade, garantindo que a transformação digital sirva como um motor de progresso para toda a comunidade lusófona.
Como destacou Luís Fernandes: “Estamos a construir um futuro onde a inteligência artificial e outras tecnologias não apenas transformam, mas também respeitam e enaltecem a essência das nossas sociedades.”
A Carta dos Princípios e Direitos do Cidadão em Ambiente Digital
“A prioridade da transformação digital está nas pessoa.”
Para , Secretário de Estado da Modernização e Digitalização, Portugal tem um papel estratégico na liderança da transformação digital no espaço lusófono. Com uma visão centrada nas pessoas e na capacitação digital, o país procura reforçar a cooperação entre os Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), consolidando um futuro digital inclusivo e sustentável.
Em julho deste ano, foi assinada em São Tomé a Carta da CPLP dos Princípios e Direitos do Cidadão em Ambiente Digital, um documento que, segundo Rodrigues da Silva, serve como “instrumento base e fundador para a cooperação internacional no âmbito da CPLP”. Este acordo é um compromisso partilhado pelos Estados-membros para promover ações concretas em prol do bem-estar digital dos seus cidadãos, desde o acesso equitativo à tecnologia até à proteção de direitos no ambiente digital.
Para o secretário de Estado, este marco simboliza uma aposta conjunta em políticas públicas que, além de digitalizarem serviços, coloquem os cidadãos no centro da transformação tecnológica.
Transformação digital com foco nas pessoas
Na estratégia nacional de digitalização, as pessoas assumem um lugar de destaque. Rodrigues da Silva sublinhou que a modernização digital de Portugal está estruturada em torno de eixos fundamentais, entre os quais a capacitação digital da população. “A melhoria das capacidades das pessoas é fundamental. A prioridade da transformação digital está nas pessoas,” afirmou.
Este enfoque reflete-se em várias iniciativas já implementadas pelo Governo português, como programas de formação digital, inclusão tecnológica para populações mais vulneráveis e o desenvolvimento de plataformas que facilitam o acesso a serviços públicos digitais.
Rodrigues da Silva mostrou-se otimista: “Vamos ser, com certeza, um país muito importante para a promoção desta transformação e, em particular, da capacitação digital dos cidadãos.”
Embora o secretário de Estado tenha reconhecido que a liderança na transformação digital é um esforço coletivo entre os países da CPLP, sublinhou o compromisso de Portugal em ser um parceiro estratégico, partilhando conhecimento, promovendo inovação e contribuindo para a criação de soluções digitais adaptadas às especificidades culturais e sociais dos países lusófonos.
Através de projetos como o Nações Inteligentes, Portugal procura consolidar o seu papel como catalisador de uma revolução tecnológica no espaço lusófono, alinhando-se com os Objetivos de Desenvolvimento sustentável das Nações Unidas e com as tendências globais da transformação digital.
Rodrigues da Silva tem uma visão ambiciosa, mas pragmática: “Estaremos muito empenhados, em conjunto com os outros Estados-membros da CPLP, nesse processo de transformação e de cooperação. Portugal será um pilar fundamental na construção de um futuro digital inclusivo e eficiente para toda a comunidade lusófona.”
Enquanto os países da CPLP se preparam para enfrentar os desafios e as oportunidades da próxima década, Portugal posiciona-se como um elo vital para transformar a diversidade cultural e linguística do espaço lusófono numa força global no domínio digital.
Transformação Digital na lusofonia: Uma prioridade global com raízes locais
“Quanto mais rápido conseguirmos alinhar os ritmos da transformação digital, mais impacto positivo conseguiremos ter.”
Delfina Soares, diretora da Unidade Operacional em Governação Eletrónica da Universidade das Nações Unidas (ONU-EGOV), destacou o papel essencial da cooperação digital no avanço das nações lusófonas, enfatizando a necessidade de acelerar a transformação digital enquanto se assegura que ninguém fica para trás.
A transformação digital está no centro das prioridades globais, e a ONU tem reforçado esse compromisso. Delfina Soares lembrou que, no Summit of the Future em setembro passado, em Nova Iorque, foi aprovado oGlobal Digital Compac (CDG), um documento que promove a cooperação digital genuína entre nações.
No contexto da CPLP, este alinhamento é evidente. “Iniciativas como o Nações Inteligentes são essenciais. A transformação digital não é apenas uma necessidade, mas um imperativo estratégico para assegurar que todos os países da lusofonia avancem juntos,” sublinhou Delfina Soares.
Apesar das disparidades significativas entre os países lusófonos no que diz respeito à digitalização, existe um forte laço de identidade e confiança que impulsiona a colaboração. “Os países que têm menos contacto ou experiência no digital olham para Portugal e Brasil como referências,” destacou Delfina Soares, mencionando exemplos de cooperação ativa da UNU com Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.
Com projetos como o desenvolvimento de estratégias nacionais de transformação digital, a UNU trabalha para garantir que os países menos avançados possam acelerar o seu progresso, beneficiando da experiência de outros membros da CPLP. “A aceleração é essencial, porque quanto mais rápido conseguirmos alinhar os ritmos da transformação digital, mais impacto positivo conseguiremos ter,” afirmou.
Delfina Soares reconheceu que, em muitos países, as prioridades básicas, como combater a fome ou melhorar os cuidados de saúde, podem parecer mais urgentes do que a transformação digital. Contudo, sublinhou que o digital é um facilitador transversal para resolver essas questões.
“O uso correto das tecnologias digitais pode ter um impacto significativo em necessidades básicas. Algumas vezes de forma tangível e direta, outras vezes de forma menos evidente, mas sempre com resultados positivos,” explicou.
Este entendimento tem levado instituições como o Banco Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento e o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) a priorizar investimentos em transformação digital nos seus programas de apoio.
O projeto Nações Inteligentes reflete o crescente reconhecimento da importância do digital para o desenvolvimento sustentável. A ONU, como um parceiro estratégico, continuará a apoiar os países lusófonos para garantir que a transformação digital não só avance, mas também seja inclusiva.
“A transformação digital na lusofonia é mais do que uma prioridade tecnológica; é uma oportunidade para transformar sociedades, reduzir desigualdades e criar um futuro mais conectado e colaborativo para todos os países de língua portuguesa,” concluiu Delfina Soares.
Paraíba um modelo para a transformação digital na lusofonia
“Se uma administração pública não olha para quem deve impactar, que é o cidadão, não está a cumprir o seu papel.”
Estado da Paraíba, no nordeste brasileiro, surge no Nações Inteligentes como uma referência. Em conversa com Cláudio Furtado, Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior da Paraíba, ficou claro como este estado do Nordeste brasileiro colocou a tecnologia ao serviço das pessoas, usando a inovação para promover inclusão, desenvolvimento e coesão social.
Segundo Cláudio Furtado, o progresso da Paraíba na área tecnológica é fruto de uma estratégia que prioriza o impacto direto na vida das pessoas. “Se uma administração pública não olha para quem deve impactar, que é o cidadão, não está a cumprir o seu papel,” afirmou.
O governo da Paraíba estruturou as suas políticas públicas com dois pilares principais: infraestrutura tecnológica e atendimento à população. Projetos como a expansão do acesso à internet e a digitalização de serviços públicos foram desenhados para garantir que até as comunidades mais remotas fossem incluídas no processo de transformação digital.
Carrapateira: Um exemplo inspirador
Uma das histórias mais marcantes do trabalho desenvolvido na Paraíba é a da pequena cidade de Carrapateira, com apenas dois mil habitantes. Este município tornou-se um exemplo de como a tecnologia pode transformar comunidades rurais.
Cláudio Furtado destacou o investimento em infraestrutura de inclusão digital e em projetos como o desenvolvimento da Cidade da Astronomia, que não só trouxe avanços na área da ciência e educação, mas também promoveu o turismo científico. “Ao pensar em infraestrutura digital, em melhorar o governo digital da cidade, estamos também a atrair investimentos privados e a fomentar o turismo, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento,” explicou.
A visão que orienta estas iniciativas inspira-se na teoria do “Estado Empreendedor” de Mariana Mazzucato, onde o governo assume um papel ativo na inovação e no desenvolvimento económico. “Estamos a empreender para desenvolver regiões menos favorecidas e, ao mesmo tempo, preparar as pessoas para o futuro digital,” afirmou Cláudio Furtado.
Esta abordagem tem permitido à Paraíba não apenas melhorar as condições de vida dos seus cidadãos, mas também posicionar-se como um líder no Brasil em termos de transformação digital inclusiva.
Os desafios enfrentados na Paraíba refletem os da comunidade lusófona: disparidades entre regiões, dificuldades de acesso a recursos e a necessidade de uma transição digital acelerada. No entanto, os resultados alcançados pelo estado demonstram que é possível superar essas barreiras com estratégias focadas, inovação e um compromisso com o desenvolvimento humano.
No âmbito do projeto Nações Inteligentes, a experiência da Paraíba serve como inspiração e modelo. Enquanto outras regiões da lusofonia trabalham para acelerar a sua transformação digital, podem aprender com o exemplo da Paraíba: que o foco nas pessoas, combinado com uma visão estratégica, é o caminho para um futuro mais inclusivo e sustentável.
Com uma liderança visionária e projetos de impacto, a Paraíba não só está a transformar a sua própria realidade, mas também a mostrar à lusofonia o poder da tecnologia como motor de desenvolvimento.
Google: Um caminho conectado pela língua portuguesa
“As ferramentas em si não fazem milagres. O que tentamos fazer é promover a ligação entre os vários intervenientes do ecossistema.”
A língua portuguesa, falada por mais de 265 milhões de pessoas em todo o mundo, tem ganhado destaque no cenário tecnológico global, e a Google foi pioneira em reconhecê-la como uma peça-chave na transformação digital. Com o lançamento do primeiro grande modelo de linguagem (LLM) em português de Portugal com alcance global, a gigante tecnológica demonstrou o seu compromisso com a inclusão e a capacitação digital na lusofonia.
Sofia Marta, Country Manager da Google Cloud Portugal, deixa claro que a missão da Google vai além da tecnologia: trata-se de construir pontes entre pessoas, organizações e países.
A executiva destacou que, embora a Google ofereça ferramentas de ponta, como a sua plataforma de inteligência artificial e soluções de cloud, a verdadeira transformação digital depende de algo maior: cooperação. “As ferramentas em si não fazem milagres. O que tentamos fazer é promover a ligação entre os vários intervenientes do ecossistema,” afirmou.
Esse esforço de ligação manifesta-se em iniciativas como hackathons, fóruns de discussão e na promoção de diálogos com especialistas. Um exemplo recente foi a participação do português, Fernando Pereira, vice-presidente português da DeepMind, que trouxe a sua experiência ao debate local, reforçando a troca de conhecimento entre Portugal e o restante do mundo lusófono.
Uma das missões da Google é capacitar pessoas para a revolução digital
A formação é outro pilar central da estratégia da Google. Recentemente, em parceria com a APDC, foi lançado o programa Impulso AI, que disponibiliza cursos curtos e práticos sobre como aplicar a inteligência artificial em diferentes áreas profissionais.
“Estender este tipo de iniciativas à lusofonia é algo fácil e com enorme potencial de impacto,” explicou Sofia Marta. Portugal, como porta de entrada tecnológica para a lusofonia, pode liderar a disseminação de programas de capacitação que garantam que ninguém seja deixado para trás na jornada da transformação digital.
Sofia Marta enfatizou a importância da cooperação regional, afirmando que iniciativas como estas não apenas fortalecem o ecossistema local, mas também criam um modelo replicável para outros países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O lançamento do LLM em português é mais do que um avanço tecnológico; é um reconhecimento do potencial cultural e económico da lusofonia. Com a tecnologia a servir como um unificador, a Google está a capacitar comunidades em diferentes geografias para que possam participar plenamente na economia digital global.
Sofia Marta, enfatizou ainda que o sucesso desta transformação depende de um esforço conjunto. Com Portugal a liderar pelo exemplo, a visão de uma lusofonia digitalmente conectada e inclusiva está mais próxima de se concretizar.
Deloitte e a visão para uma lusofonia digital e sustentável
“Cada país deve especializar-se em áreas onde tem vantagens competitivas. Portugal, por exemplo, pode focar-se na saúde“
A transformação digital sustentável é um desafio ambicioso, especialmente num contexto tão diversificado como o da lusofonia. A Deloitte, uma das maiores consultoras globais, está a posicionar-se como um parceiro estratégico para o projeto Nações Inteligentes, contribuindo com a sua vasta experiência internacional e capacidade de criar pontes entre diferentes realidades.
Em conversa com Rui Gidro, Partner do Setor Público na Deloitte, ficou evidente que a empresa não apenas compreende as nuances e os ritmos distintos dos países lusófonos, mas também traz uma abordagem prática e colaborativa para impulsionar esta transformação.
A Deloitte tem sido um ator fundamental em projetos de transformação digital por todo o mundo, trabalhando em colaboração com governos, empresas e sociedade civil. Segundo Rui Gidro, “tentamos fazer plataformas de transferência de conhecimento entre os vários projetos e iniciativas que temos estado a desenvolver.”
Esta abordagem permite adaptar soluções globais às especificidades locais, promovendo um progresso equitativo em áreas com diferentes níveis de maturidade digital. Num ecossistema como o da lusofonia, onde os países enfrentam desafios variados — desde a falta de infraestruturas tecnológicas até a necessidade urgente de formação digital —, esta transferência de conhecimento pode ser decisiva para harmonizar esforços e maximizar impactos.
Identidade digital na lusofonia
Uma das grandes oportunidades deste projeto é fortalecer a identidade digital dos países lusófonos. Rui Gidro destacou a importância de identificar e potenciar os pontos fortes de cada nação. “Cada país deve especializar-se em áreas onde tem vantagens competitivas. Portugal, por exemplo, pode focar-se na saúde digital, enquanto o Brasil pode explorar o seu potencial na agricultura digital.”
Esta especialização não significa isolamento, mas sim a criação de uma rede de colaboração onde o conhecimento e as tecnologias desenvolvidas num país podem beneficiar os restantes. Esta visão é particularmente relevante num momento em que a inteligência artificial (IA) começa a desempenhar um papel central nas estratégias nacionais de muitos países lusófonos.
A Deloitte apresentou recentemente um estudo abrangente realizado em 13 países, com respostas de 5.800 pessoas, que analisou a perceção dos cidadãos em relação aos serviços públicos. O resultado foi uma avaliação mista: embora existam progressos significativos, os serviços públicos ainda estão atrás das ofertas privadas em termos de eficiência e qualidade.
“Há uma oportunidade de melhoria significativa na prestação dos serviços públicos,” observou Rui Gidro. Esta lacuna destaca a necessidade de investir em inovação e tecnologia no setor público, garantindo que os cidadãos tenham acesso a serviços mais ágeis e personalizados.
Caminho para o futuro
O projeto Nações Inteligentes, com o apoio de parceiros como a Deloitte, é um exemplo de como a transformação digital pode ir além da tecnologia, focando-se na criação de um ecossistema colaborativo e sustentável. A aposta em literacia digital, na especialização estratégica e na partilha de conhecimentos promete acelerar a digitalização e criar uma lusofonia mais conectada e competitiva.
Rui Gidro sublinhou que o sucesso desta iniciativa dependerá da capacidade de equilibrar recursos limitados com a necessidade de transformar profundamente os serviços públicos e privados. A visão da Deloitte para o projeto é clara: criar uma rede de países interconectados, cada um contribuindo com a sua expertise para construir uma comunidade digital integrada e próspera.
Num mundo cada vez mais digital, esta abordagem colaborativa pode ser a chave para colocar a lusofonia na vanguarda da inovação global, unindo tecnologia, sustentabilidade e desenvolvimento humano.
Saúde pública como modelo para transformação digital
“Entregar saúde de qualidade a 100% da população.”
No coração do Brasil, o estado do Piauí está a liderar uma verdadeira revolução na forma como a saúde pública é gerida e entregue à população. Sob a liderança do Governador Rafael Fonteles, e do secretário de saúde estadual Antônio Luiz, o projeto Piauí Saúde Digital tem revolucionado a saúde no Nordeste do Brasil. Rafael Figueroa criador do Portal Telemedicina, plataforma que possibilita a iniciativa, demonstra como a tecnologia pode transformar sistemas de saúde, garantindo acessibilidade, eficiência e, acima de tudo, um atendimento centrado no cidadão.
Durante a apresentação do Nações Inteligentes, Rafael Figueroa apresentou um caso de sucesso que combina inovação tecnológica com uma estratégia de saúde digital desenhada para alcançar toda a população do estado.
Saúde digital à escala total
A plataforma, que integra três milhões de cidadãos piauienses, oferece um ecossistema completo de serviços de saúde digital:
- Teleconsultas e Telediagnósticos disponíveis 24/7;
- Prescrições eletrónicas;
- Integração de dados médicos numa visão unificada, acessível tanto pelo cidadão como pelos profissionais de saúde;
- Uma camada avançada de inteligência artificial para deteção de anomalias em exames, gestão de filas de prioridade e sistemas antifraude.
“O objetivo é entregar saúde de qualidade a 100% da população,” sublinhou Rafael Figueiroa.
A abrangência deste projeto é inédita na saúde pública global. Diferente de iniciativas pontuais, esta plataforma é transversal a todo o caminho feito pelo do paciente – desde consultas presenciais até atendimentos online, com todos os dados consolidados num único sistema.
A tecnologia ao serviço da saúde pública
A base tecnológica do Piauí Saúde Digital apoia-se em três pilares:
- Internet das Coisas (IoT): Para integrar equipamentos médicos e recolher dados em tempo real.
- Big Data: Para centralizar e gerir os dados de saúde de milhões de pacientes.
- Inteligência Artificial: Para escalar a capacidade de análise e otimizar processos.
Além disso, os dados anonimizados são utilizados para fins de saúde pública, permitindo monitorizar surtos epidemiológicos, como dengue e zika, ou mapear a cobertura vacinal de crianças, em parceria com a UNICEF.
Privacidade e Proteção de Dados
Numa era em que a privacidade é uma preocupação central, o Piauí Saúde Digital destacou-se por adotar um modelo alinhado ao GDPR europeu. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), inspirada na regulamentação europeia, garante que os dados de saúde pertencem exclusivamente ao cidadão.
A plataforma permite que o utilizador controle o acesso aos seus dados, podendo partilhá-los temporariamente com médicos ou instituições, enquanto os dados agregados são utilizados para tomadas de decisão estratégicas. “Essa mudança de paradigma colocou o cidadão no centro, com controlo total sobre os seus dados,” explicou Rafael Figueiroa.
O sucesso do Piauí Saúde Digital é o resultado de mais de uma década de investimento em pesquisa e inovação, com o apoio de entidades como o Ministério da Ciência e Tecnologia e a FINEP. Este projeto destaca-se como um modelo global de colaboração público-privada, mostrando como governos podem alavancar tecnologias de ponta para oferecer serviços de saúde universal e de alta qualidade.
Mais do que resolver problemas locais, a iniciativa é um exemplo inspirador para outros países que enfrentam desafios semelhantes. Num momento em que a transformação digital na saúde é uma prioridade global, o Piauí prova que a inovação, aliada a uma visão estratégica, pode mudar vidas.
Com o Piauí Saúde Digital, o Brasil não apenas mostra o caminho para a transformação da saúde pública, como também reforça o papel da tecnologia como ferramenta de inclusão e equidade social.
Multicare e a transformação digital na saúde lusófona
“Juntar parceiros com experiência global em mercados desenvolvidos e emergentes pode acelerar este movimento.”
A saúde digital está a transformar-se num eixo estratégico para os países de língua portuguesa, com a oportunidade de conectar geografias, realidades e necessidades distintas sob uma visão integrada. A Multicare, uma das principais seguradoras de saúde em Portugal, desempenha um papel central nesta transformação, trazendo uma combinação de experiência local e global que pode acelerar o progresso digital em toda a lusofonia.
Em conversa com Ana Rita Gomes, Administradora da Multicare, ficou claro que a empresa não só reconhece os desafios da digitalização em diferentes contextos, como também está bem posicionada para ser um catalisador na partilha de conhecimentos e recursos.
“Nós podemos partilhar a nossa experiência,” afirmou Ana Rita Gomes, referindo-se à vasta operação da Multicare em Portugal e em mercados emergentes como Angola e Moçambique. Embora as realidades desses países sejam profundamente distintas, a empresa acredita que a adaptação de soluções digitais pode ser feita com base em aprendizagens acumuladas ao longo de anos de operação.
Este conhecimento acumulado é particularmente valioso numa área tão crítica como a saúde, onde ritmos diferentes de adoção tecnológica podem ser harmonizados através de colaboração entre os setores público e privado. “Juntar parceiros com experiência global em mercados desenvolvidos e emergentes pode acelerar este movimento,” sublinhou Ana Rita Gomes.
A Multicare não apenas vê a tecnologia como uma ferramenta para inovar, mas também reconhece que o verdadeiro impacto reside nas pessoas. “Apostamos fortemente na necessidade de literacia, tanto digital como em saúde,” explicou Ana Rita Gomes.
A empresa tem investido em criar serviços simples e acessíveis, que ajudem os cidadãos a compreender e utilizar as ferramentas digitais disponíveis. Esta abordagem visa eliminar barreiras que possam surgir em populações menos familiarizadas com tecnologia, garantindo que ninguém fica para trás na transição para a saúde digital.
Com presença em múltiplos mercados lusófonos, a Multicare está empenhada em apoiar a criação de um ecossistema digital integrado na saúde, onde a partilha de práticas e experiências seja a norma. A visão vai além de melhorar os serviços de saúde: pretende impulsionar uma transformação digital que tenha um impacto profundo nas comunidades locais, adaptando soluções às suas necessidades específicas.
Num momento em que a colaboração entre estados, empresas e instituições é mais importante do que nunca, a Multicare está a posicionar-se como um player fundamental nesta jornada. A aposta na educação, na tecnologia e na cooperação são os pilares que podem levar a uma lusofonia mais conectada, com um sistema de saúde digital robusto e inclusivo.
Apesar dos avanços, os desafios permanecem. A desigualdade no acesso à tecnologia, a falta de infraestruturas em alguns países e a necessidade de regulamentos comuns são barreiras que precisam de ser superadas. No entanto, a visão da Multicare reflete uma abordagem prática e colaborativa que pode ajudar a transformar essas dificuldades em oportunidades.
Com o foco na literacia, na simplificação dos serviços e na partilha de recursos, o futuro da saúde digital na lusofonia tem um potencial enorme. Como destacou Ana Rita Gomes, “é no foco nas pessoas e na colaboração que está o segredo para uma transformação digital mais acelerada.”
Neste contexto, a Multicare mostra como a tecnologia, aliada a uma visão estratégica e colaborativa, pode criar um impacto positivo e duradouro na vida de milhões de pessoas.
Transformação Digital: Um desafio de inclusão e capacitação
“Grande parte dos nossos recursos e pessoas está focada em garantir que ninguém fica para trás.”
A economia digital é o motor inevitável do desenvolvimento económico, inovação e inclusão no século XXI. Esta é a visão clara e ambiciosa de Inês Esteves, administradora do .PT, que destacou o papel central da organização no projeto Nações Inteligentes.
Inês Esteves sublinhou que o sucesso da transformação digital na lusofonia depende de dois pilares fundamentais: acesso e capacitação. “Temos que garantir que as pessoas têm a infraestrutura e a tecnologia necessárias para aceder a novas oportunidades, mas também que estão capacitadas para utilizar o digital na sua plenitude,” afirmou.
Num contexto de ritmos e níveis de maturidade digital tão diversos como os da lusofonia, desde o Brasil até Moçambique, o desafio está em criar um ecossistema colaborativo onde cada nação contribua com as suas valências. A tecnologia, segundo a administradora do .PT, é a “pedra angular” para tornar estas nações mais inclusivas, sustentáveis e desenvolvidas.
A disparidade de desenvolvimento entre os países lusófonos é uma realidade incontornável. No entanto, Inês Esteves acredita que iniciativas como o Nações Inteligentes podem aproximar esses ritmos, promovendo uma partilha de conhecimentos e experiências que maximize os benefícios da tecnologia.
“Temos diferentes culturas, geografias e níveis sociais que criam barreiras ao potencial do digital,” explicou. Contudo, enfatizou que, através de uma colaboração estruturada e estratégica, é possível alavancar esforços que resultem num impacto global positivo.
O compromisso do .PT: Muito além dos domínios
Mais do que uma entidade responsável pelo registo e gestão de nomes de domínio em Portugal, o .PT assume um papel ativo na capacitação digital. “Grande parte dos nossos recursos e pessoas está focada em garantir que ninguém fica para trás,” destacou Inês Esteves.
A organização tem trabalhado na promoção da literacia digital, assegurando que os seus associados e parceiros estão preparados para enfrentar os desafios da economia digital. Este compromisso é agora transportado para o projeto Nações Inteligentes, reforçando a missão de tornar o digital acessível a todos, independentemente do contexto geográfico ou social.
O futuro da lusofonia digital
O Nações Inteligentes representa uma oportunidade sem precedentes para construir uma lusofonia conectada, inclusiva e digitalmente capacitada. O .PT, com a sua experiência e visão estratégica, é um parceiro-chave nesta jornada, contribuindo para que a transição digital não seja apenas uma promessa, mas uma realidade para milhões de pessoas.
Como apontou Inês Esteves, “a economia digital será o grande motor de desenvolvimento do futuro.” É claro que com iniciativas como esta, as nações lusófonas podem garantir que estão não apenas a acompanhar, mas a liderar este movimento global.
LUSNIC: A guardiã digital da língua portuguesa
“Promovemos a utilização da internet em português, defendendo a nossa língua no contexto digital.”
Num mundo cada vez mais globalizado e digitalizado, preservar e promover a identidade cultural e linguística é um desafio. A LusNIC – Associação de Registres Falantes de Língua Portuguesa – está na linha da frente dessa missão, integrando o projeto Nações Inteligentes para acelerar a transformação digital nos países lusófonos, mantendo o português no centro desta revolução tecnológica.
Andreia Brito, presidente da LUSNIC, partilhou a visão e o impacto da organização, que reúne sete associados, incluindo o .PT e os representantes de domínios de topo de países como Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau. “Promovemos a utilização da internet em português, defendendo a nossa língua no contexto digital e colaborando em governação da internet e gestão de domínios,” explicou.
Internet em Português: Uma identidade a preservar
No contexto da transição digital, a LUSNIC desempenha um papel crucial. A organização, que celebra 10 anos em 2025, criou iniciativas como o Fórum Lusófono de Governação da Internet, reconhecido internacionalmente pela ONU. Este fórum debate temas como inteligência artificial, cibersegurança e as barreiras à digitalização nos países lusófonos.
Andreia Brito destacou que as conclusões destas discussões têm repercussões práticas, sendo incorporadas em políticas e legislações nacionais e internacionais. “Temos conseguido levar mensagens importantes para discussões globais sobre governação da internet,” afirmou.
A notícia recente do desenvolvimento de um modelo de linguagem em português, anunciado no Web Summit, foi recebida com entusiasmo pela LUSNIC. Para Andreia Brito, esta inovação reforça a importância de iniciativas que promovem a língua portuguesa no ambiente digital.
O projeto Nações Inteligentes, que procura transformar digitalmente os países lusófonos de forma sustentável e equitativa, encontra na LUSNIC um aliado estratégico. A colaboração entre as duas iniciativas promete fortalecer as infraestruturas digitais e acelerar o acesso à tecnologia nos países da lusofonia.
Andreia Brito acredita que esta parceria poderá aumentar a interatividade e impulsionar a digitalização. “Estamos muito animados com a possibilidade de ter mais uma grande iniciativa que olha para a digitalização, mas especificamente para a digitalização em português e a identidade cultural da lusofonia,” afirmou.
A LUSNIC é mais do que uma associação técnica de registo de domínios. É um pilar na construção de uma lusofonia digital, onde a língua portuguesa é um ativo estratégico. Ao integrar o Nações Inteligentes, reforça o compromisso com uma transição digital inclusiva, sustentável e culturalmente enraizada.
Este esforço conjunto não só preserva a identidade cultural da lusofonia, como também garante que ela prospera num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia. Como concluiu Andreia Brito, “em conjunto, LUSNIC e Nações Inteligentes têm muitas cartas para dar.”
Que ninguém fique para trás
Os países da lusofonia podem ir muito para lá de singelos avanços tecnológicos.
O MUDA com o projeto Nações Inteligentes promete posicionar Portugal como um catalisador para a transformação digital entre países lusófonos. Esta iniciativa visa não apenas ajudar e incentivar a modernizar serviços, mas também construir um ecossistema cooperativo que envolva governos, empresas e universidades, explorando tecnologias como inteligência artificial e computação quântica.
Com mais de 300 milhões de falantes, o português emerge como uma ferramenta estratégica para atrair investimentos e desenvolver tecnologias linguísticas inclusivas. A colaboração entre nações como Brasil, Angola e Cabo Verde demonstra o potencial de soluções adaptáveis a múltiplos contextos, reforçando a unidade na diversidade.
Se conseguirem estar alinhados, de forma objetiva e eficaz, com os movimentos internacionais no se refere a transformação digital global, os países da lusofonia podem ir muito para lá de singelos avanços tecnológicos, sendo esta transformação uma oportunidade estratégica para reduzir desigualdades e promover o desenvolvimento sustentável.
Com uma visão conjunta fica evidente que a colaboração no espaço lusófono pode moldar um futuro digital inclusivo, eficiente e culturalmente significativo.