Num evento sem precedentes, uma interrupção significativa nos serviços cloud da Microsoft causou transtornos globais, afetando diversas empresas e indústrias. A Microsoft, um dos maiores fornecedores de serviços de cloud do mundo, juntamente com a CrowdStrike, uma empresa líder em cibersegurança, estão no centro desta situação complexa que continua a desafiar especialistas.
Segundo fontes internacionais, a interrupção pode estar ligada a uma atualização do CrowdStrike, conhecida como Falcon Update, que parece ter desencadeado uma série de problemas nos serviços da Microsoft. Os especialistas têm afirmado que este acontecimento é inédito. No entanto a relação entre os problemas enfrentados pelas duas empresas ainda está a ser totalmente compreendido, mas parece haver um vínculo causal significativo.
Cronologia dos eventos
A Microsoft começou a relatar problemas nos seus serviços cloud esta madrugada. Estes problemas rapidamente se espalharam em todo o mundo, impactando aplicações do Microsoft 365, incluindo o Teams, e serviços essenciais utilizados por empresas em diversos setores. Posteriormente, a CrowdStrike também começou a experienciar dificuldades, sugerindo que os seus problemas podem ser uma consequência dos eventos na Microsoft.
A interrupção teve repercussões significativas. A Reuters noticiou que várias companhias aéreas, incluindo a Frontier Airlines, tiveram que suspender voos devido à falha nos sistemas causadas pela interrupção da Microsoft. “Durante este período, as reservas, o check-in, o acesso ao cartão de embarque e alguns voos podem ser afetados”, afirmou a Frontier Airlines numa publicação no X (antigo Twitter).
Além das companhias aéreas, diversos outros setores enfrentaram dificuldades. Serviços de self-checkout, sistemas de vídeo vigilância e dispositivos inteligentes também foram afetados, mostrando a extensão da dependência de muitas empresas nos serviços de cloud e segurança da Microsoft e CrowdStrike.
Especialistas em cibersegurança aconselham cautela. Um hacker ético, entrevistado durante a crise, pela ABC News, alertou sobre os perigos de desativar serviços de segurança como o CrowdStrike em busca de soluções rápidas. “Se é um indivíduo ou uma empresa que depende do CrowdStrike, não desligue agora”, afirmou. O hacker ético destacou que a desativação poderia expor as organizações a riscos ainda maiores, abrindo portas para possíveis ataques.
Infraestruturas globais precisam de maior resiliência
Este incidente sublinha a vulnerabilidade das infraestruturas digitais globais e a necessidade de uma maior resiliência e preparação para lidar com estas crises.”Estamos a observar neste momento o quão vulneráveis somos, porque estamos dependentes da globalização destes serviços.”. Comentou um especialista ao Digital Inside. A recomendação para as empresas é pensar na saúde a longo prazo dos seus sistemas de segurança, mesmo que isso signifique enfrentar dificuldades a curto prazo.
Para os utilizadores comuns, a situação pode ser comparada a um corte de energia, onde a paciência e a preparação são cruciais.
Em suma enquanto a Microsoft e a CrowdStrike trabalham para resolver os problemas e restaurar a plena funcionalidade dos seus serviços, este evento serve como um lembrete contundente da complexidade e interconectividade das infraestruturas digitais modernas. A indústria de tecnologia e os seus clientes devem continuar a investir em robustez e resiliência para mitigar os impactos de futuras interrupções.