IA Generativa “uma ferramenta fabulosa que nos ajuda a não cometer erros”

“Cegid Connections para Financeiros” foi o momento escolhido pela Cegid para apresentar a sua estratégia de IA. Onde João Duque, o orador convidado, sublinhou a importância da IA para detetar padrões e erros, aplicar o cumprimento de regras e códigos e prever resultados financeiros com consistência.
3 de Outubro, 2024
João Duque

A Inteligência Artificial (IA) está a transformar de forma significativa o mundo dos negócios, e a área financeira não é exceção. No evento “Cegid Connections para Financeiros”, que reuniu mais de uma centena de gestores e responsáveis financeiros na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, em Lisboa, o professor João Duque, presidente do ISEG, destacou o enorme potencial da IA Generativa como uma ferramenta indispensável para a gestão de dados, previsão financeira e prevenção de erros. A sua intervenção sublinhou a importância crescente desta tecnologia na economia global e o papel essencial que pode desempenhar no futuro das empresas.

Um Potencial Inestimável para o setor financeiro

João Duque não poupou elogios à IA Generativa, classificando-a como uma “ferramenta fabulosa” que, entre outras funções, pode ajudar as empresas a evitar erros. Este tipo de IA tem a capacidade de detetar padrões complexos em grandes volumes de dados, o que a torna ideal para várias aplicações, desde a análise financeira à conformidade regulatória. Para o professor catedrático, a IA vai além da mera automação de processos: ela será, no futuro próximo, “mais inteligente que os humanos” e capaz de criar soluções inovadoras que hoje ainda não conseguimos imaginar.

O impacto económico desta revolução tecnológica também foi abordado. Segundo João Duque, estima-se que, até 2030, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) gerado pela IA na economia portuguesa poderá atingir os 61 mil milhões de euros. Este número impressionante reflete a escala da transformação digital em curso, impulsionada pela adoção da IA em vários setores, nomeadamente a financeira, onde a tecnologia já está a ser amplamente utilizada para melhorar a eficiência e precisão das operações.

IA ao serviço das empresas

O evento serviu também como palco para a apresentação da estratégia de Inteligência Artificial da Cegid. A empresa, que tem vindo a investir fortemente no desenvolvimento de soluções de IA para o setor empresarial, reforçou o seu compromisso em colocar “o melhor da inteligência artificial ao serviço das empresas”. Josep Maria Raventós, Diretor Executivo de Pequenas e Médias Empresas e Contabilistas Certificados da Cegid em Portugal e África, destacou a importância de manter a utilidade e a inovação como pilares centrais no desenvolvimento destas soluções.

A IA desenvolvida pela Cegid visa simplificar processos complexos e disponibilizar informação financeira e contabilística de forma mais rápida e precisa, algo que se torna essencial numa era em que as empresas lidam com volumes de dados cada vez maiores. Josep Maria Raventós frisou que o objetivo da empresa é maximizar o potencial de cada profissional e de cada negócio, com soluções que não só automatizam tarefas repetitivas, mas também fornecem insights preditivos valiosos para a tomada de decisões.

O êxito da IA na previsão financeira

Durante o evento, foram apresentados exemplos concretos da aplicação das soluções de IA da Cegid em empresas como o Jupiter Hotel Group e os Laboratórios Germano de Sousa. Estes casos práticos evidenciaram como a IA pode transformar a análise de grandes volumes de dados, tornando-a mais rápida e eficiente. No setor hoteleiro, por exemplo, a IA tem sido usada para prever tendências financeiras e otimizar a gestão de recursos, enquanto nos laboratórios, a tecnologia ajudou a melhorar a análise financeira, especialmente em áreas de grande complexidade como a previsão de fluxos de caixa e o controlo de custos.

Uma parceria Humanos-Máquina

À medida que a IA evolui, o debate sobre o seu impacto no mercado de trabalho e na economia em geral torna-se mais relevante. João Duque deixou claro que o futuro não passa pela substituição dos humanos, mas pela colaboração entre pessoas e máquinas. A IA não deve ser vista como uma ameaça, mas como uma ferramenta que potencia a capacidade dos profissionais. A chave, segundo o académico, está em aprender a lidar com estas novas tecnologias e integrá-las de forma eficaz nos processos empresariais.

Com uma estimativa de impacto económico de 61 mil milhões de euros até 2030, o potencial da IA no setor financeiro é inegável. A Cegid, ao colocar a IA no centro da sua estratégia, posiciona-se como uma referência na implementação desta tecnologia, ajudando as empresas a navegar por esta nova era de transformação digital.

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