Hacker brasileiro acusado de extorsão nos EUA

Júnior Barros de Oliveira, um cidadão brasileiro de 29 anos residente em Curitiba, foi acusado nos Estados Unidos por alegadamente ameaçar divulgar dados roubados de uma empresa em março de 2020.
27 de Dezembro, 2024

De acordo com a acusação, Júnior Barros de Oliveira invadiu os computadores de uma subsidiária brasileira de uma empresa sediada em Nova Jersey, roubando informações confidenciais de cerca de 300.000 clientes em pelo menos três ocasiões. Em setembro de 2020, o acusado terá enviado um email ao CEO da empresa, usando um pseudónimo, exigindo um pagamento de 300 bitcoins (avaliados em cerca de 3,2 milhões de dólares na época) em troca de não vender os dados.

Um mês depois, o agora acusado de cibercrime, reenviou a mensagem para o CEO e um executivo da subsidiária brasileira. Numa das mensagens subsequentes, o acusado afirmou estar “muito interessado em ajudar a resolver esta falha de segurança”, mas exigiu uma taxa de consultoria de 75 bitcoins (cerca de 800.000 dólares na época). Júnior Barros de Oliveira também forneceu instruções sobre como efetuar o pagamento para uma carteira Bitcoin.

Segundo a lei americana, cada uma das quatro acusações de ameaças extorsivas pode resultar numa pena máxima de 5 anos de prisão e uma multa máxima de 250.000 dólares ou o dobro do valor do ganho ou perda, o que for maior. Da mesma forma, cada uma das quatro acusações de comunicações ameaçadoras pode resultar numa pena máxima de 2 anos de prisão e uma multa máxima de 250.000 dólares ou o dobro do valor do ganho ou perda, o que for maior.

Este caso destaca os crescentes riscos de cibercrime e extorsão de dados, com hackers a explorarem vulnerabilidades para roubar informações confidenciais e extorquir empresas. As autoridades americanas têm demonstrado uma postura firme na perseguição destes crimes, mesmo quando os perpetradores se encontram fora dos EUA. A cooperação internacional será crucial para combater este tipo de crime e levar os responsáveis à justiça.

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