Google paga 350 milhões de dólares para resolver processo de privacidade de dados dos acionistas

A Google vai pagar 350 milhões de dólares para resolver um processo judicial movido por acionistas, relacionado com uma falha de segurança no extinto Google+.
7 de Fevereiro, 2024

O acordo preliminar foi apresentado na segunda-feira no tribunal federal de São Francisco após mais de um ano de mediação e requer a aprovação da juíza distrital dos EUA.

As alegações de que o Google soube em março de 2018 sobre uma falha de software de três anos que expôs os dados pessoais dos utilizadores do Google+, mas ocultou o problema durante meses enquanto enfatizava publicamente seu compromisso com a segurança dos dados.

Os acionistas afirmaram que a Google temia que a divulgação do problema a sujeitasse a um escrutínio público e regulamentar semelhante ao que o Facebook recebeu depois de a Cambridge Analytica, com sede em Londres, ter recolhido os dados dos seus utilizadores para as eleições de 2016 nos EUA.

De acordo com a queixa, as ações da empresa-mãe da Google, a Alphabet, caíram várias vezes quando as notícias sobre o bug vieram à tona, eliminando dezenas de milhares de milhões de dólares de valor de mercado.

A Google negou irregularidades ao concordar com o acordo e não encontrou evidências de que os dados foram usados indevidamente.

A empresa chegou a um acordo relacionado de 7,5 milhões de dólares com utilizadores  do Google+ em 2020.

Em 2020, um outo juiz tinha rejeitado o caso dos acionista, mas o Tribunal de Apelações do 9º Circuito dos EUA o reabriu o processo em 2021.

O acordo de segunda-feira foi divulgado cinco semanas e meia depois de a Google ter resolvido uma ação judicial, alegando que seguia secretamente a utilização da Internet de milhões de pessoas que pensavam estar a navegar em privado. Os termos desse acordo ainda não foram divulgados.

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