A Liga dos Campeões da UEFA, um dos eventos desportivos mais esperados do ano, atraí a atenção de adeptos de todo o mundo e a final deste ano aproxima-se. No entanto, também atrai a atenção dos cibercriminosos, que procuram tirar o máximo partido da final deste evento global, que terá lugar no Estádio de Wembley, em Londres, a 1 de junho. No ano passado, mais de 1 milhão de portugueses assistiu à final entre o Manchester City e o Inter de Milão e a tendência permanece este ano. Por este motivo, a Kaspersky alerta para os potenciais riscos que podem surgir durante este evento desportivo e explica como os adeptos e as organizações desportivas podem evitar estes ciberataques.
A Liga dos Campeões é um dos eventos de futebol mais vistos em todo o mundo e Portugal é um dos muitos países que não fica indiferente a esta competição europeia. Estima-se que 1,4 milhões de portugueses assistiu à última jornada da Liga dos Campeões do ano passado, disputada entre o Manchester City e o Inter de Milão. Com a final da Liga dos Campeões a aproximar-se, a Kaspersky alerta para o aumento dos ciberataques e sensibiliza os adeptos e as organizações desportivas para os riscos de segurança existentes. O entusiasmo desportivo pode tornar-se um inimigo nesta época de emoções fortes. Os especialistas advertem para a necessidade de manter uma vigilância ativa e recomenda que se tomem as medidas preventivas necessárias para garantir a proteção contra potenciais ataques.
A este respeito, o relatório da empresa sobre as ameaças relacionadas com o Campeonato do Mundo de 2022 revelou um aumento significativo da atividade maliciosa durante o evento, incluindo ataques de phishing, ransomware e esquemas de engenharia social, entre outros tipos de malware, dirigidos a adeptos e organizações com o objetivo de comprometer a segurança e a privacidade dos utilizadores, roubando informações pessoais, financeiras ou comerciais.
Foi também recentemente noticiado que a Real Associação Holandesa de Futebol foi vítima de um ataque de ransomware, o que realça a vulnerabilidade das organizações desportivas a estas ciberameaças. O incidente, pelo qual foi pago um resgate para recuperar os dados, destaca o impacto negativo das ciberameaças e a necessidade de uma maior sensibilização e preparação para a cibersegurança no meio desportivo.
De acordo com o relatório da Kaspersky, “Como os executivos de empresas lidam com ameaças de ransomware”, cerca de 90% das empresas que são vítimas de ataques de ransomware considerariam pagar um resgate se fossem confrontadas com um novo ataque. Então, como é que esta abordagem pode ser aplicada à cibersegurança das empresas? O inquérito global do Kaspersky sobre o risco da cibersegurança empresarial mostra que um terço das organizações que optaram por uma defesa proativa conseguiu identificar um ciberataque imediatamente (10%) ou em poucas horas (22%). No entanto, a maioria das empresas que utilizaram esta tática revelaram que demoraram 24 horas (18%) e até dias, semanas ou meses (48%) para se aperceberem que tinham sido atacadas.
Inteligência Artificial: aliada ou inimiga durante a Liga dos Campeões?
Por outro lado, a Inteligência Artificial (IA) tem vindo a ser integrada no quotidiano das pessoas. Este avanço tecnológico também está a ser aplicado no futebol profissional, transformando significativamente a revisão das jogadas nos jogos de futebol. O sistema VAR, que faz com que os espetadores esperem até cinco ou sete minutos pela confirmação de um fora de jogo, uma falta ou a necessidade de haver um penálti, pode ser substituído por um sistema semiautomático que resolve os incidentes em segundos, aumentando a confiança na tecnologia e acelerando a continuidade dos jogos.
Esta mesma tecnologia é também aplicada na cibersegurança, para análise comportamental, identificando e bloqueando atividades fraudulentas, em tempo real, através da comparação de ações executadas com listas de ações suspeitas. A IA facilita a monitorização e análise de dados, como nos mapas de calor do futebol e nas definições de permissões de software em ambientes empresariais, melhorando a eficiência e a segurança contra ciberataques. Também é uma tecnologia utilizada para gerar relatórios detalhados automáticos sobre o desempenho dos atletas, representando assim uma vantagem tática significativa durante as competições.
Mapa de calor de um clube de futebol para melhorar o rendimento da equipa
Como garantir a cibersegurança durante a final da Champions League de 2024:
- Atualize os seus sistemas e software. Ao atualizar os sistemas e aplicações, utilizando patches de segurança, pode eliminar vulnerabilidades conhecidas.
- Fique atento às tentativas de phishing. Pode receber e-mails e mensagens suspeitas com ligações maliciosas ou pedidos de informações confidenciais. Estas são algumas das formas utilizadas em ataques de phishing e se não estiver atento, pode ser a próxima vítima. Nas próximas semanas, se lhe oferecem bilhetes para a final da Liga dos Campeões a um preço demasiado bom para ser verdade, desconfie.
- Implemente soluções de segurança fiáveis. Opte por um software de cibersegurança fiável para proteger a sua informação pessoal contra malware, ransomware ou outras ameaças.
- Faça copias de segurança regulares para mitigar o impacto de potenciais ataques de ransomware ou de outras ameaças que resultem na perda de dados.
“A final da Liga dos Campeões não é apenas um recreio para os jogadores de futebol, mas também para os cibercriminosos. É um evento que reúne milhões de adeptos em todo o mundo e que apresenta desafios em termos de cibersegurança, tanto para os adeptos como para os próprios clubes”, afirma Marc Rivero, Investigador Principal de Segurança da Kaspersky.