Final da Champions League: uma oportunidade para os cibercriminosos

A Liga dos Campeões é um dos eventos de futebol mais vistos em todo o mundo e Portugal é um dos muitos países que não fica indiferente a esta competição europeia.
31 de Maio, 2024

A Liga dos Campeões da UEFA, um dos eventos desportivos mais esperados do ano, atraí a atenção de adeptos de todo o mundo e a final deste ano aproxima-se. No entanto, também atrai a atenção dos cibercriminosos, que procuram tirar o máximo partido da final deste evento global, que terá lugar no Estádio de Wembley, em Londres, a 1 de junho. No ano passado, mais de 1 milhão de portugueses assistiu à final entre o Manchester City e o Inter de Milão e a tendência permanece este ano. Por este motivo, a Kaspersky alerta para os potenciais riscos que podem surgir durante este evento desportivo e explica como os adeptos e as organizações desportivas podem evitar estes ciberataques.

A Liga dos Campeões é um dos eventos de futebol mais vistos em todo o mundo e Portugal é um dos muitos países que não fica indiferente a esta competição europeia. Estima-se que 1,4 milhões de portugueses assistiu à última jornada da Liga dos Campeões do ano passado, disputada entre o Manchester City e o Inter de Milão. Com a final da Liga dos Campeões a aproximar-se, a Kaspersky alerta para o aumento dos ciberataques e sensibiliza os adeptos e as organizações desportivas para os riscos de segurança existentes. O entusiasmo desportivo pode tornar-se um inimigo nesta época de emoções fortes. Os especialistas advertem para a necessidade de manter uma vigilância ativa e recomenda que se tomem as medidas preventivas necessárias para garantir a proteção contra potenciais ataques. 

A este respeito, o relatório da empresa sobre as ameaças relacionadas com o Campeonato do Mundo de 2022 revelou um aumento significativo da atividade maliciosa durante o evento, incluindo ataques de phishing, ransomware e esquemas de engenharia social, entre outros tipos de malware, dirigidos a adeptos e organizações com o objetivo de comprometer a segurança e a privacidade dos utilizadores, roubando informações pessoais, financeiras ou comerciais.

Foi também recentemente noticiado que a Real Associação Holandesa de Futebol foi vítima de um ataque de ransomware, o que realça a vulnerabilidade das organizações desportivas a estas ciberameaças. O incidente, pelo qual foi pago um resgate para recuperar os dados, destaca o impacto negativo das ciberameaças e a necessidade de uma maior sensibilização e preparação para a cibersegurança no meio desportivo.

De acordo com o relatório da Kaspersky, “Como os executivos de empresas lidam com ameaças de ransomware”, cerca de 90% das empresas que são vítimas de ataques de ransomware considerariam pagar um resgate se fossem confrontadas com um novo ataque. Então, como é que esta abordagem pode ser aplicada à cibersegurança das empresas? O inquérito global do Kaspersky sobre o risco da cibersegurança empresarial mostra que um terço das organizações que optaram por uma defesa proativa conseguiu identificar um ciberataque imediatamente (10%) ou em poucas horas (22%). No entanto, a maioria das empresas que utilizaram esta tática revelaram que demoraram 24 horas (18%) e até dias, semanas ou meses (48%) para se aperceberem que tinham sido atacadas.

Inteligência Artificial: aliada ou inimiga durante a Liga dos Campeões?

Por outro lado, a Inteligência Artificial (IA) tem vindo a ser integrada no quotidiano das pessoas. Este avanço tecnológico também está a ser aplicado no futebol profissional, transformando significativamente a revisão das jogadas nos jogos de futebol. O sistema VAR, que faz com que os espetadores esperem até cinco ou sete minutos pela confirmação de um fora de jogo, uma falta ou a necessidade de haver um penálti, pode ser substituído por um sistema semiautomático que resolve os incidentes em segundos, aumentando a confiança na tecnologia e acelerando a continuidade dos jogos. 

Esta mesma tecnologia é também aplicada na cibersegurança, para análise comportamental, identificando e bloqueando atividades fraudulentas, em tempo real, através da comparação de ações executadas com listas de ações suspeitas. A IA facilita a monitorização e análise de dados, como nos mapas de calor do futebol e nas definições de permissões de software em ambientes empresariais, melhorando a eficiência e a segurança contra ciberataques. Também é uma tecnologia utilizada para gerar relatórios detalhados automáticos sobre o desempenho dos atletas, representando assim uma vantagem tática significativa durante as competições.Uma imagem com desenhos de criança, Gráficos, arte, design

Descrição gerada automaticamente

Mapa de calor de um clube de futebol para melhorar o rendimento da equipa

Como garantir a cibersegurança durante a final da Champions League de 2024:

  • Atualize os seus sistemas e software. Ao atualizar os sistemas e aplicações, utilizando patches de segurança, pode eliminar vulnerabilidades conhecidas.
  • Fique atento às tentativas de phishing. Pode receber e-mails e mensagens suspeitas com ligações maliciosas ou pedidos de informações confidenciais. Estas são algumas das formas utilizadas em ataques de phishing e se não estiver atento, pode ser a próxima vítima. Nas próximas semanas, se lhe oferecem bilhetes para a final da Liga dos Campeões a um preço demasiado bom para ser verdade, desconfie. 
  • Implemente soluções de segurança fiáveis. Opte por um software de cibersegurança fiável para proteger a sua informação pessoal contra malware, ransomware ou outras ameaças.
  • Faça copias de segurança regulares para mitigar o impacto de potenciais ataques de ransomware ou de outras ameaças que resultem na perda de dados.

“A final da Liga dos Campeões não é apenas um recreio para os jogadores de futebol, mas também para os cibercriminosos. É um evento que reúne milhões de adeptos em todo o mundo e que apresenta desafios em termos de cibersegurança, tanto para os adeptos como para os próprios clubes”, afirma Marc Rivero, Investigador Principal de Segurança da Kaspersky.

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