DPD Portugal regista crescimento recorde e reforça posição como motor estratégico da Geopost

Com a pressão sobre margens e cadeias logísticas a testar a resiliência das empresas, a DPD Portugal não só resistiu como acelerou. Com um crescimento de 12% nas receitas em 2024, ultrapassando os 112 milhões de euros, a empresa voltou a destacar-se dentro do grupo Geopost.
26 de Março, 2025

Este desempenho surge no contexto de uma estratégia sustentada de investimento e inovação operacional, assente num novo centro logístico em Loures, preparado para processar até 10 mil encomendas por hora. A aposta na automação e capacidade instalada foi determinante para acompanhar a procura crescente e manter a competitividade num setor onde a rapidez e a fiabilidade definem o sucesso.

Apesar de um contexto internacional volátil, a Geopost registou 15,8 mil milhões de euros em receitas em 2024 — mais 1% do que no ano anterior — e entregou 2,1 mil milhões de encomendas em todo o mundo. França, Reino Unido, Alemanha e Itália continuam a ser os principais motores de receita, mas países como Portugal começam a ganhar um peso cada vez mais relevante, não apenas pela performance comercial, mas pela capacidade de adaptação às novas tendências do mercado.

A nível europeu, o crescimento no segmento crossborder intra-Europa (+6,7%) e no comércio fora de casa (out-of-home, +25%) mostram que a estratégia híbrida B2B/B2C do grupo está a dar frutos. Em Portugal, o número de pontos Pickup cresceu 25%, totalizando agora 2.000 locais ativos, o que reforça a capilaridade e conveniência dos serviços oferecidos aos consumidores.

A expansão do serviço DPD Fresh, dedicado à entrega de produtos frescos com temperatura controlada, é outro indicador de maturidade do mercado português e de aposta da Geopost na especialização logística. O segmento cresceu quase 24% a nível global, apoiando a ambição da empresa em consolidar a liderança num mercado que exige cada vez mais soluções logísticas adaptadas a nichos com exigências técnicas elevadas.

Ao todo, foram investidos mais de 400 milhões de euros em 2024 em capacidades operacionais, tecnologia, lockers e eletrificação de frotas — áreas críticas para sustentar um crescimento rentável e ambientalmente responsável.

A Geopost tem conseguido posicionar-se como uma das poucas empresas do setor com métricas concretas de redução de emissões — e não apenas promessas. Em 2024, reduziu 5,4% das emissões de gases com efeito de estufa face a 2023, evitando 1,73 milhões de toneladas de CO₂.

Portugal acompanha essa ambição: 207 veículos elétricos já operam nas ruas, permitindo poupar anualmente cerca de 274 toneladas de emissões. A empresa afirma que 15% da sua frota de última milha já é de baixa emissão, e 16,3% dos quilómetros percorridos usam fontes de energia alternativas.

Com mais de 128 mil pontos de recolha na Europa, a Geopost reforçou em 2024 a sua capacidade de servir clientes tanto em grandes centros urbanos como em zonas periféricas. Yves Delmas, CEO do grupo, sublinha que a força da rede está no seu modelo híbrido e na proximidade ao consumidor: “Continuamos a acelerar, com a expansão significativa da rede de lockers e da conectividade internacional fora de casa. Agora oferecemos a gama mais abrangente de serviços porta a porta e out-of-home da Europa”.

Portugal pode não representar o grosso da faturação da Geopost, mas o crescimento de dois dígitos e os investimentos estruturais posicionam a DPD Portugal como um laboratório eficaz de execução — e como prova de que a escala não é tudo. A capacidade de responder às novas exigências do comércio eletrónico, de operar com eficiência e de alinhar desempenho financeiro com metas ambientais torna a filial portuguesa um exemplo de como crescer de forma sustentável e competitiva.