Entre os oradores, destacam-se para Simon Truckenmüller, Principal UX da Mercedes-Benz, Nuno Jardim Nunes, Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico, Anja Saabye, Head of UX and Product Design da Universal Robots (Dinamarca), João Colaço de Freitas, Chief Product Officer da Banxware (Alemanha) e Paulo Antunes, Diretor do Departamento de Arquitetura e Desenvolvimento do Instituto de Informática, I.P. e responsável pelo processo de transformação digital da Segurança Social.
O primeiro dia será dedicado a talks com especialistas nacionais e internacionais em UX, com temas que abordam desde a inteligência artificial até à transformação digital no setor público e privado. No segundo dia, com lugares muito limitados, haverá workshops práticos, onde os participantes poderão aplicar os conhecimentos adquiridos em áreas como pesquisa com utilizadores e design systems.
O World Usability Day (WUD) – Dia Mundial da Usabilidade -, que se assinala este ano a 14 de novembro, é uma celebração global com o objetivo de promover a importância da usabilidade e experiência do utilizador em produtos e serviços.
“Nos últimos anos, temos visto uma mudança significativa nas empresas e organizações em relação à usabilidade. A transformação digital acelerada, especialmente devido à pandemia, obrigou as empresas a adotarem experiências digitais mais intuitivas para melhorar a satisfação dos utilizadores. A usabilidade deixou de ser um ‘extra’ e passou a ser um fator competitivo crucial, com empresas a perceberem que uma má experiência digital pode custar clientes e prejudicar a sua reputação”, explica André Carvalho, co-CEO da Tangível, organizadora do evento.
“No setor público, a necessidade de criar serviços mais acessíveis e eficientes tem sido uma força motriz para a mudança. A adoção de melhores práticas de usabilidade não só melhora a experiência dos cidadãos, como também reduz custos operacionais ao diminuir erros e a necessidade de suporte técnico. Normativas como a Diretiva de Acessibilidade Web também impulsionaram este movimento, garantindo que os serviços digitais são acessíveis a todos, independentemente das suas capacidades. Este foco na usabilidade tem vindo a transformar as interações digitais em todos os setores”, avança o responsável.
À medida que a digitalização se expande, tanto a nível global como em Portugal, os utilizadores esperam interações simples, eficazes e acessíveis. Produtos e serviços user-friendly garantem que todos os utilizadores, independentemente das suas capacidades técnicas, consigam utilizar plataformas digitais com facilidade. Isso não só melhora a satisfação do cliente, mas também reduz as barreiras de acesso a serviços essenciais, como Saúde, Segurança Social e Educação, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e participativa.
“Todos, desde designers até líderes de projeto, podem contribuir para criar canais digitais mais user-friendly através de uma abordagem centrada no utilizador. Isso implica investir em testes de usabilidade regulares, adotar princípios de acessibilidade e promover um design simples e inclusivo. Além disso, é importante educar as equipas sobre as boas práticas de UX e envolvê-las desde o início do processo de desenvolvimento de produtos e serviços digitais. Colaborar diretamente com os utilizadores finais para compreender as suas necessidades reais é essencial para garantir que estamos a desenhar experiências eficazes e significativas”, refere José Campos, co-CEO da Tangível.
Para as empresas, a melhoria da usabilidade dos seus produtos e serviços traduz-se num aumento da satisfação e lealdade dos clientes, maior eficiência operacional e uma redução nos custos de suporte técnico.
No setor público, um foco na usabilidade melhora o acesso aos serviços essenciais, especialmente para populações mais vulneráveis, ajudando a reduzir desigualdades digitais. No geral, uma abordagem UX-friendly contribui para uma sociedade mais inclusiva, onde todos os cidadãos, independentemente da sua idade, nível de literacia digital ou condição física, conseguem aceder aos serviços de que precisam.
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