A Rumos nasceu num contexto em que a formação profissional não superior ainda não era valorizada em Portugal. Rui Correia explicou que o projeto surgiu de um sonho e da convicção de que a educação tecnológica teria um papel essencial no desenvolvimento do país. Ao longo dos anos, a empresa construiu uma forte ligação entre a academia e o mercado de trabalho, permitindo a milhares de profissionais adquirir novas competências e evoluir nas suas carreiras.
Nos últimos 33 anos, o setor tecnológico passou por transformações radicais. Se no início a informática era vista apenas como uma ferramenta, hoje, o digital representa uma nova dimensão da realidade. Rui Correia destacou que esta nova era, marcada pela rápida evolução tecnológica e pela abundância de informação, exige uma abordagem flexível e adaptativa na formação profissional.
Atualmente, a Rumos impacta diretamente cerca de 25 mil pessoas por ano, através de formação especializada e consultoria. O seu trabalho não só influencia diretamente os profissionais que passam pelos seus programas, mas também gera um efeito multiplicador ao inspirar e elevar o padrão de qualidade do mercado.
Ao longo dos anos, a Rumos expandiu-se através da aquisição de outras escolas e do crescimento da sua divisão de consultoria. Esta última, que surgiu naturalmente da necessidade de integrar os profissionais formados em projetos reais, tornou-se um dos pilares da empresa, permitindo conectar talento a oportunidades e apoiar empresas na adaptação às constantes mudanças tecnológicas.
Apesar de ter explorado mercados como Brasil, Angola e Espanha, a Rumos optou por focar-se em Portugal e na exportação de serviços a partir do país. Rui Correia sublinhou que a internacionalização em grande escala requer investimentos significativos, mas a empresa continua envolvida em redes internacionais de formação e educação, colaborando ativamente em iniciativas europeias.
Um dos grandes desafios do setor é a escassez de profissionais qualificados, aliada à concorrência internacional por talento. Rui Correia enfatizou que a solução passa por aumentar os salários e valorizar os profissionais para evitar a fuga de talentos para o estrangeiro. A competitividade económica de Portugal depende diretamente da capacidade das empresas em remunerar adequadamente os seus trabalhadores.
Com a ascensão da inteligência artificial, o papel da formação profissional torna-se ainda mais crucial. A Rumos já sente um aumento na procura por cursos voltados para esta nova realidade, preparando profissionais para se focarem no essencial dos negócios e na criação de valor num mundo cada vez mais automatizado.
A Rumos celebra 33 anos com um compromisso inabalável com as pessoas, colocando-as no centro da sua missão. Como destacou Rui Correia, a tecnologia muda, mas o objetivo da empresa continua o mesmo: ajudar os profissionais a encontrarem o seu caminho e a prosperarem num mercado cada vez mais dinâmico. O futuro promete desafios e oportunidades, e a Rumos está preparada para continuar a ser um ator fundamental na formação e consultoria tecnológica em Portugal.