O SAS tem a análise de dados no seu ADN desde a sua origem. Como explicou Ricardo Galante, a empresa posiciona-se como uma solução abrangente para diferentes necessidades, desde fraudes e riscos até marketing e retalho, permitindo a diversas indústrias beneficiar do poder da análise de dados.
O SAS tem trabalhado para democratizar o uso da IA, facilitando a sua integração nos processos empresariais e ajudando as organizações a entender como podem aplicar estas tecnologias para otimizar operações e tomar decisões mais informadas.
Adoção da Inteligência Artificial em Portugal
Sobre o panorama nacional, Ricardo Galante destacou que, apesar de algumas limitações estruturais, Portugal está a acompanhar a evolução da IA a nível europeu. Indústrias como a banca, seguros e retalho estão a investir fortemente em IA, enquanto setores como a hotelaria e serviços ainda estão numa fase inicial de adoção.
Um fator relevante nesta trajetória é a implementação do AI Act, legislação europeia que regula o uso da IA com base em diferentes níveis de risco. Segundo Ricardo Galante, esta regulamentação é fundamental para garantir um uso seguro e responsável da tecnologia, incentivando as empresas a ajustarem-se a novos padrões.
Desafios das empresas na implementação da IA
Entre os desafios enfrentados pelas empresas, destaca-se a literacia digital e a percepção equivocada sobre a IA. Muitas organizações ainda veem a IA como uma ameaça aos empregos humanos, quando na realidade o objetivo é aumentar a eficiência e complementar o trabalho das pessoas. O SAS tem procurado desmistificar esta ideia, demonstrando que a IA não substitui os humanos, mas potencializa as suas capacidades.
Outro desafio apontado é a dificuldade na integração de soluções de IA em empresas de médio porte. Para resolver esta questão, o SAS tem apostado num modelo de adoção faseado, permitindo que as empresas implementem soluções de forma gradual, conforme as suas necessidades e capacidades.
Integração de agentes e geração de Dados Sintéticos
Outro ponto abordado na conversa foi a crescente presença de agentes inteligentes no mercado. Ricardo Galante destacou que o SAS já integra soluções existentes, como o ChatGPT, combinando-as com modelos preditivos e regras de decisão estratégicas.
Uma das inovações do SAS é o uso de dados sintéticos, conhecidos como “Twin Towers”. Esta tecnologia permite criar dados artificiais que seguem a distribuição estatística dos dados reais, garantindo a privacidade e a segurança das informações, ao mesmo tempo que possibilita a realização de testes e otimização de processos.
O SAS continua a ser um dos principais players no mercado da análise de dados e da IA, com uma abordagem centrada na democratização da tecnologia e na educação das empresas sobre o seu potencial.
Com a regulamentação europeia a entrar em vigor e um mercado cada vez mais aberto à inovação, a IA tem um papel fundamental na transformação digital das empresas portuguesas. No entanto, o sucesso desta jornada depende da qualidade dos dados utilizados, tornando o SAS um parceiro estratégico essencial para qualquer organização que queira apostar na análise de dados e na Inteligência Artificial.