João Santos destacou como a Inspiring Solutions tem sido uma aliada na digitalização de empresas em Portugal. A aceleração provocada pela pandemia, o impulso do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a crescente adoção de tecnologias como inteligência artificial e cloud têm exigido soluções robustas de cibersegurança.
“O RGPD foi um marco, mas o NIS2 representa um novo nível de exigência, responsabilizando diretamente administrações e reforçando a necessidade de arquiteturas Zero Trust”, referiu João Santos. O executivo explica que estas medidas garantem a validação contínua de acessos e a proteção de dados, ajudando as empresas a enfrentar um cenário de ameaças cada vez mais complexo.
Embora o setor financeiro e os operadores de telecomunicações sejam pioneiros na adoção de soluções tecnológicas, João Santos realça o crescente papel dos setores de energia e do setor público. “Infraestruturas como smart grids e a digitalização de serviços governamentais estão a avançar, mas sempre com a cibersegurança como prioridade”, explicou.
A certificação Diamond da Palo Alto Networks, obtida pela Inspired Solutions, tem sido um trunfo na colaboração com instituições financeiras. Esta distinção não só solidifica a confiança do mercado, como também posiciona a empresa como líder na integração de tecnologias avançadas de segurança.
Desde 2022, a Inspired Solutions faz parte do Grupo ALSO, o que lhe abriu portas para explorar novos mercados, nomeadamente nos PALOP, Brasil e até Austrália. A integração trouxe mais robustez financeira e uma nova abordagem estratégica para a diversificação de serviços e soluções a nível internacional.
João Santos não evitou a questão sobre inteligência artificial, sublinhando como a empresa integra capacidades de IA em soluções de segurança, como a deteção avançada de ameaças e a automatização de respostas a incidentes. “É uma tecnologia essencial para enfrentar ameaças emergentes e preparar as empresas para o futuro”, concluiu.
A conversa terminou com um apelo à modernização das infraestruturas tecnológicas em Portugal, reconhecendo a necessidade de recursos humanos especializados e de orçamentos ajustados à nova realidade normativa.