Contrariando a ideia de que “muito se fala e pouco se faz”, Cláudia Mendes Silva apresentou dados e exemplos concretos de políticas públicas e iniciativas privadas que vêm, desde 2016, procurando aumentar a participação de mulheres na tecnologia.
Apesar dos avanços, como o aumento da presença feminina em áreas de TIC e a criação de programas como o “Engenheiras por um dia”, a representante da Women in Tech ressaltou que ainda há um longo caminho a percorrer. A estagnação da representatividade feminina em torno de 19% a 21% nos últimos anos e a necessidade de desconstruir estereótipos desde a educação básica são exemplos de desafios persistentes.
O papel das empresas
Cláudia Mendes Silva destacou que as empresas têm um papel fundamental na promoção da inclusão, seja através de políticas internas, programas de reskilling ou parcerias com universidades. Enfatizou ainda que a diversidade não é apenas uma questão de justiça, mas também um fator de sucesso para os negócios, já que diferentes perspetivas trazem mais produtividade e inovação.
A Women in Tech, presente em 70 países, atua como uma plataforma global para conectar mulheres na área de tecnologia, oferecer formação, promover liderança feminina e dar visibilidade a trabalhos inovadores. A organização também busca influenciar políticas públicas e o mindset de empresas para criar um ambiente mais inclusivo e igualitário.
Mulheres nas TIC
Cláudia Silva deixou conselhos valiosos para jovens mulheres que desejam seguir carreira na tecnologia, incentivando-as a buscar seu propósito na área, escolher empresas com valores de inclusão e não se prender a estereótipos de género. Também encorajou mulheres que se sentem prejudicadas no ambiente de trabalho a buscar apoio em comunidades como a Women in Tech e a defender seus direitos.
Esta a conversa com Cláudia Mendes Silva no Coffee Break lembra-nos que a inclusão feminina na tecnologia é um processo contínuo, que exige o envolvimento de governos, empresas, organizações e de cada indivíduo. Apesar dos desafios, os avanços são inegáveis e a luta por um futuro mais igualitário e diverso na tecnologia segue com força total.