Com a crescente digitalização das viagens, desde a escolha do alojamento à compra de bilhetes, multiplicam-se também os esquemas fraudulentos. Sites que imitam plataformas como Booking ou Airbnb estão a ser utilizados para enganar utilizadores apressados, que, perante ofertas demasiado atrativas, acabam por partilhar dados pessoais ou efetuar pagamentos que nunca resultam em estadia.
A ESET recomenda cautela redobrada ao fazer reservas, sublinhando quatro pontos críticos:
- Confirmar que o site é legítimo (verificando o domínio e o certificado de segurança “https://”).
- Desconfiar de preços anormalmente baixos.
- Evitar pagamentos por transferência bancária.
- Procurar críticas e avaliações noutras plataformas fiáveis.
Wi-Fi público: comodidade com um custo oculto
Seja num café, aeroporto ou hotel, é comum ligar-se à internet através de redes públicas. Mas essa ligação, aparentemente inofensiva, pode ser o ponto de entrada para ataques que visam capturar informações sensíveis — desde palavras-passe a dados bancários.
Na maioria dos países europeus, 32% das fraudes digitais têm origem em mensagens SMS, 29% em e-mails, e 12% em aplicações como o WhatsApp. Isto sublinha que o perigo está muitas vezes na palma da mão — e nas decisões rápidas que tomamos em viagem.
Entre as medidas recomendadas pela ESET estão:
- Usar uma VPN (Rede Privada Virtual) para encriptar as comunicações.
- Evitar transações sensíveis em redes abertas.
- Desativar a ligação automática ao Wi-Fi.
- Ativar a autenticação em dois passos nos principais serviços digitais.
“Todos queremos relaxar nas férias. Mas isso não pode significar baixar a guarda digital”, avisa Josep Albors, investigador da ESET. “Os criminosos sabem que estamos mais distraídos. Cabe-nos agir em conformidade.”