Alexandre Fonseca anunciou hoje nas redes sociais que chegou a acordo com o grupo para a sua saída da empresa.
“Venho comunicar que eu e o Grupo Altice concretizámos um acordo que põe termo a uma relação de mais de uma década, na qual coloquei toda a minha entrega e dedicação e a quem prestei profunda colaboração”, afirma o gestor nas redes Facebook, Linkedin e X.
Este desfecho é consequência das buscas judiciárias com origem no conhecido caso Operação Picoas, que envolve figuras proeminentes da empresa, e a subsequente detenção do cofundador da Altice, Armando Pereira, para interrogatório no passado mês julho.
A investigação Operação Picoas, que ainda decorre, procura prova da existência de uma teia de fornecedores da Altice, suspeitos de lesar a empresa e o Estado português em milhões de euros em diversos negócios.
Alegadamente Alexandre Fonseca é visado nos autos da investigação, em curso, como tendo obtido vantagens com a compra e venda de património imobiliário da empresa
A Altice Portugal passa, mais uma vez, por uma fase de grande turbulência e dúvidas provocadas pela conduta dos seus gestores. Com o negócio das telecomunicações a servir de suporte à transformação digital das empresas, a Altice e os seus ativos técnicos são uma mais-valia no mercado. Por isso existem um conjunto de interessados na compra da Altice Portugal, que provavelmente só concretizarão as suas ofertas após se perceber o rombo que a Operação Picoas causará de facto.