João Miguel Mesquita
A 19 de julho, falhas na atualização do software de segurança Falcon, da CrowdStrike, causou uma paralisia global nos computadores. Este incidente gerou ciclos de reiniciação e blue screens, afetando vários setores, incluindo o setor da saúde. No entanto, a aviação foi o setor atingido com maior impacto, resultando em milhares de voos cancelados. Indiretamente, organizações sem fins lucrativos também foram prejudicadas, tornando-se alvos fáceis para ataques de phishing, conforme dados da Akamai.
A CrowdStrike, após explicar a situação e tentar ajudar, enfrenta acusações da Delta Air Lines, que considera as alegações da empresa de cibersegurança “enganadoras”. A Delta afirmou que não recebeu respostas às suas ofertas de ajuda, uma acusação confirmada pelos advogados da CrowdStrike. Em resposta, a CrowdStrike expressou esperança numa colaboração cooperativa para resolver o problema.
A Delta Air Lines foi a companhia mais afetada, com cancelamentos variando entre 5.000 e mais de 6.000 voos em seis dias, de acordo com diversas fontes como a Bloomberg e a Reuters. Esta interrupção causou uma perda financeira significativa para a companhia aérea. O CEO da Delta, Ed Bastian, estimou que o impacto financeiro foi de “meio bilião de dólares em cinco dias”, incluindo perdas de receitas e custos de indemnização e hotel.
Em resposta, a Delta anunciou a sua própria reavaliação técnica e insinuou possíveis mudanças em futuros investimentos em TI. A companhia aérea também pondera ações legais para obter compensação financeira por danos à reputação e perdas de receitas. Além da CrowdStrike, a Microsoft também foi alvo das críticas da Delta. Bastian descreveu o incidente como uma violação do “acesso privilegiado ao ecossistema Delta” pela Microsoft, questionando a dependência da companhia aérea na plataforma da Microsoft. Bastian
